quinta-feira, 26 de março de 2009

Crónica de uma crise anunciada há mais de 200 anos

"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado"
-Karl Marx, in Das Kapital, 1867 "Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que o levantamento de exércitos. Se o povo Americano alguma vez permitir que bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, e depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão à roda dos bancos despojarão o povo de toda a propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no continente que os seus pais conquistaram"
-Tradução de uma "boca" atribuída a Thomas Jefferson que foi o terceiro Presidente dos EUA e o principal autor da Declaração da Independência Americana (1802)
5 comentários: António Vilarigues disse... 1. A frase de Marx não existe. è uma piada de um jornal satírico dos EUA;
2. Apenas o primeiro período da frase de Thomas Jefferson foi de facto proferida por ele (ver Wikipedia)O que não invalida que ambas sejam verdadeiras. Os autores é que foram outros...
António Vilarigues - Portugal
MESU MA JIKUKA disse... Dois séculos depois, muito actual. Aliás a ciência é assim. 26 de Março de 2009 11:11 Gil Gonçalves disse... “A competição não é a emulação industrial, é a emulação comercial. Atualmente, a emulação industrial só existe em função do comércio. Há até fases da vida econômica dos povos modernos em que todos são tomados por uma espécie de vertigem para lucrar sem produzir. Esta vertigem especulativa, que retorna periodicamente, desnuda o verdadeiro caráter da competição que busca escapar da necessidade da emulação industrial”. (Karl Marx, 1817 : 110-111)«os refúgios fiscais, as jurisdições secretas e os mil e um canais de evasão fiscal e cambial em todo o mundo para ali refugiar-se; a irresponsabilidade dos grandes bancos e empresas industriais de buscar lucros fáceis e abundantes na especulação financeira; e, envolvendo isto tudo, a compulsão de crescer, de consumir, de crescer mais, de consumir mais, e de inundar a terra com lixos e rejeitos de todo tipo. Esta é, numa palavra, a tônica da fase avançada do capitalismo mundial: lucrar sem produzir. Enquanto 850 milhões de seres humanos padecem e morrem de fome na Terra, outros ganham fortunas sem produzir, apenas especulando. Um sistema econômico que é irracional, ineficiente e imoral, do ponto de vista da maioria dos habitantes e dos ecossistemas do planeta. E que reproduz continuamente uma profunda divisão das sociedades e da espécie em classes sociais, que transcendem os territórios nacionais e se globalizam.»In Marcos Arruda. Ladislau Dowbor 27 de Março de 2009 1:56 Walnandes disse... Isso é trabalho dos actuais materialístas/imediatístas, que só olham para os seus estómagos e dos seus. E passam a vida a vida a insultar quem idealiza a "vida/sociedade" de forma diferente, de: utopístas, agitadores, dogmáticos, apressados...Bloco de sofístas! 27 de Março de 2009 1:59 Anónimo disse... Dramático é perceber que para alegria de poucos e tristeza de milhões,vemos o mundo desta forma!O capital a rodar diariamente de bolsas em bolsas, no afã do maior rendimento possivel enquanto a produção quem se importa.Fome.. quem se importa....desemprego...quem se importa.A miséria humana cada vez mais degradante.Capitalistas, podem esperar que a tua hora vai chegar! 28 de Março de 2009 6:20