segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Makas na TPA (1)

Este domingo o programa Semana em Actualidade da TPA,também conhecido neste morro por Oásis, foi dominado (preenchido) por 4 makas, a saber: 1-Exoneração "on line" do Ministro do Interior;2- Libertação dos presos do processo SME; 3- Condenação de Mello Xavier; 4- Surgimento de uma suposta filha mais velha do Presidente JES. Conduzidos por Antunes Guange, os "makeiros" de serviço foram Ismael Mateus e Reginaldo Silva. [Mais pormenores nos próximos momentos. Fiquei sem luz. O abastecimento intermitente da preciosa energia que tem marcado a vida da capital angolana nas últimas semanas, bem poderia ter sido incluído no debate como a quinta maka. Não perde pelo adiamento, pois as coisas neste âmbito vão agravar-se, de acordo com os prognósticos do já falecido Engenheiro Murphi, o tal que inventou a teoria do nada está tão mal que não possa piorar ainda mais. Na altura, Luanda ainda não sido eleita a cidade mais cara e mais complicada do mundo.] PS1- Sem entrar no mérito da causa, sinceramente, já aqui o disse, e sem ter que rebentar foguetes, gostei da forma serena como o Presidente JES reagiu à notícia do F8, sem adjectivos e, sobretudo, sem criar novos fantasmas no âmbito das famosas teorias da conspiração. JES tentou assim fazer as pazes com os "pasquins", depois de ter usado esta expressão pejorativa e menos adequada em Washington, há já alguns anos, para manifestar a sua profunda antipatia em relação à imprensa privada. Não posso, por outro lado, estar de acordo com os que criticaram o Presidente por ter reagido publicamente a uma notícia de um jornal, pois da sua boca já ouvimos duras críticas em relação ao silêncio com que JES normalmente brinda os conteúdos politicamente mais incómodos da imprensa privada. O Presidente foi assim colocado na posição da pessoa que é presa por ter cão e por não ter. Uma posição dificil de sustentar pelos seus detractores de serviço em nome da coerência e da isenção. Esperamos agora que esta postura do Presidente venha a corresponder no futuro imediato, que já começou, a algo de mais profundo em matéria de mudança no seu relacionamento com a opinião pública e publicada. Neste terreno, de facto, o seu desempenho não tem sido muito famoso.