segunda-feira, 30 de maio de 2011

A carrinha branca e o esquadrão da morte

Não é a primeira vez que a imprensa faz referência a existência de uma carrinha branca sempre que acontecem assassinatos em Luanda que têm claramente por trás a mão de poderosas forças ocultas.
Na edição deste fim-de-semana, a "Capital" voltou a falar da presença de uma tal viatura por ocasião do assassinato do oficial da polícia Domingos Francisco João, um crime em que está envolvido o Comissário Quim Ribeiro, antigo Comandante de Luanda.
Pode,a dado passo, ler-se na matéria dada a estampa pela Capital, que "enquanto saíam, ele e o amigo que o tinha ido buscar à casa, uma carrinha de marca Toyota Hilux, de cor branca, impediu a marcha do Toyota Corolla no qual seguiam Domingos Francisco João seu marido e o companheiro Domingos Fonseca Mizala. Do carro, segundo relata a esposa, desceram vários indivíduos, todos de arma em punho e dispararam contra a viatura ocupada pelos dois oficiais. Um deles, inclusive, ainda foi a tempo de subir sobre o capô da viatura, de onde efectuou disparos directos contra as vítimas."
Definitivamente, as carrinhas brancas parecem ser um ponto de contacto importante que ligam todas estas acções criminosas, cujo esclarecimento até agora nunca foi possível. O não esclarecimento destes crimes é o outro ponto de contacto não negligenciável em termos de relevância.
O actual caso que envolve Quim Ribeiro pode ser o primeiro em que a tendência anterior venha a conhecer uma outro desfecho.
E aí, talvez fiquemos a saber a quem é que pertencem a tais carrinhas brancas...