terça-feira, 3 de maio de 2011

Os dez grandes inimigos da Internet

Recomendo vivamente a leitura do relatório que acaba de ser publicado pelo Comité de Protecção dos Jornalistas (CPJ) baseado em Nova Yorque

Saiba tudo sobre os "truques" que em várias partes do mundo os inimigos da liberdade de expressão/imprensa na Internet usam para controlar, reprimir, censurar, ameaçar, violentar, em nome, sobretudo, do poder político. http://cpj.org/pt/2011/05/as-10-ferramentas-dos-opressores-da-internet.php
Angola ainda não faz parte desta listagem, mas rapidamente pode vir a fazer, caso o Executivo insista na suas propostas iniciais.
Felizmente que o partido no poder, o MPLA, através da sua bancada paralmentar, num acto de lucidez e independência, decidiu não aprovar o pacote que o seu Governo já tinha aprovado em Conselho de Ministros e ainda chegou a ser aprovado na generalidade pela Assembleia Nacional.

Enquanto se aguarda pela reformulação dos dois projectos, detectadas que foram algumas evidentes inconstitucionalidades para além de outros aspectos bastantes controversos/polémicos, há já a registar algumas alterações positivas na postura do Presidente José Eduardo dos Santos (JES) depois de ataque de fúria que foi acometido no passado dia 15 de Abril contra os utilizadores da Internet/Redes Sociais.


Na abertura do IVº Congresso Extraordinário do MPLA, o furibundo JES do 15 de Abril, deu lugar a um "homem novo", com o líder do partido maioritário a apelar à inclusão e ao respeito e valorização da diferença.
"Neste processo de desenvolvimento nacional, ninguém deve ser excluído, pois as diferenças de opinião e de convicções políticas só nos valorizam e conduzem a um aperfeiçoamento do trabalho comum e da democracia"- disse JES.
E prosseguiu: "A tolerância e a liberdade de pensar, criar e exprimir-se, que o nosso Partido consagra no seu Programa, são valores que os militantes, amigos e simpatizantes do MPLA devem praticar no dia-a-dia, por forma a contribuírem para a construção de uma sociedade moderna e próspera".
O MPLA, acrescentou JES, "como principal força política que edifica a Democracia no nosso País, tem o dever de se aperfeiçoar permanentemente e de interpretar e realizar as aspirações do Povo angolano, adaptando-se igualmente aos tempos modernos".
Neste sentido, apontou o homem que nos governa há cerca de 32 anos consecutivos, "as modernas tecnologias da informação e comunicação, a Internet, as chamadas redes sociais e os SMS devem constituir veículos de mobilização, de contacto permanente e de esclarecimento e debate de ideias".
O Congresso do MPLA decidiu que os seus militantes devem a partir de agora participar em todas as fases dos debate político, incluindo nas redes sociais da Internet, com vista a defesa e manutenção do bom nome, imagem e prestígio do partido e do presidente José Eduardo dos Santos.