sábado, 20 de agosto de 2011

Retrospectiva dos meus últimos dias no Facebook (2)



[O morrodamaianga não se transferiu para o facebook, mas é um facto que temos estado mais presentes aqui ao lado, desde que no passado dia 6 deixamos a banda para este périplo pelo gigante norte-americano, que já vai na sua segunda semana. Por isso, o convite uma vez mais está feito. Aqui e aqui, o morro é o  mesmo.É só mesmo uma questão de "estratégia".]
(...)
O "camarada" Sarampo está de regresso e em força à Cabinda. Os números avançados hoje pela Ecclésia, são preocupantes. Este "camarada" não gosta mesmo nada das nossas crianças.
(...)
Na cidade de Louisville três rádios publicas reunidas num mesmo projecto, sobrevivem graças às contribuições/doações dos ouvintes (1 milhão de USD) e dos empresários (2 milhões ). O Estado apenas contribui para 8% do seu orçamento anual.

(...)
Estou em Louisville, a terra de Muhammad Ali que já se chamou Casius Clay. Na relação com os USA, uma das coisas que menos me agradou foi uma vez destas em Luanda um diplomata negro norte-americano ter-me confessado que eu era parecido com o Mike Tyson. Sidney Poitier ou Denzel Washington seria pedir muito, mas as minhas semelhanças bem poderiam ficar pelo Clay, que já não era muito mau...
(...)
Só haverá espaço para sabedoria, quando expulsarmos do nosso território o medo/receio de pensarmos em voz alta...
(...)
O deputado João Pinto disse hoje a Ecclésia que a corrupção contribuiu para o surgimento de elites em algumas sociedades onde elas não existiam. Elites corruptas?!?
(...)
Em San Diego conhecemos uma reserva india. Da tribo dos baronas apenas restaram 400 "exemplares", como resultado do seu devastador contacto com os "caras pálidas", iniciado há vários séculos, com a conquista do "oeste selvagem". Histórias destas relacionadas com a chacina dos americanos originais é o que há mais por aqui. Dá vontade de chorar...
(...)
Nos States e depois de terem massacrado os indios, os novos donos do país, os "caras pálidas", começaram no inicio do século passado a reconhecerem alguns direitos de superficie aos autóctones, com a consequente implantação das reservas (nações indias), que no fundo são os outros estados unidos que não têm direito a uma estrela na bandeira norte-americana.

(...)
Curiosamente em Angola e depois duma primeira tentativa de se delimitarem as chamadas terras tradicionais/comunitárias, foi o próprio Governo que acabou por suspender este processo, que estava a decorrer nas provincias de Benguela e do Huambo.
Os "nossos indios" correm o risco de ficar pior que os seus parentes daqui.
Os "nossos caras pálidas", os da "esquerda dinâmica/socialismo democrático" já deram provas do que são capazes na conquista a custo zero das aráveis terras angolanas...
(...)
Tristezas não pagam dívidas. O MPLA e a UNITA têm uma grande dívida com Angola e os angolanos, sem contar com os juros de mora que foram os cerca de 30 anos de guerra civil.

Por favor, ainda só agora começaram a reembolsar-nos e já querem meter outra vez kilapi?
(...)

Esta universidade por nós visitada em San Diego é uma das muitas que nos Estados Unidos tem um Departamento de Jornalismo.

As universidades que ensinam jornalismo por aqui têm normalmente à sua disposição uma organização (do tipo empresa) perfeitamente estruturada que transmite uma emissão de televisão/rádio a par da edição de um jornal impresso/on line.
(...)
ANGOLA um dos três "empatas" da organização acaba de assumir pela segunda vez presidência rotativa da SADC. Definitivamente, vai ser (mais) um ano mau para o projecto de integração regional.

A expulsão dos jornalistas e activistas marcou o arranque desta presidência.
A SADC deve ser também uma comunidade de cidadãos e não apenas um clube de estados/governos...


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Ética e o Jornalismo nos Estados Unidos

Sociedade dos Jornalistas Profissionais/USA  (http://www.spj.org/mission.asp)

Código de Ética

Preâmbulo

Os membros da Sociedade dos Jornalistas Profissionais acreditam que o esclarecimento público é o precursor da justiça e o fundamento da democracia. O dever do jornalista é chegar a esses fins buscando a verdade e fornecendo um relato justo e abrangente de eventos e questões. Jornalistas conscientes de todos os meios e especialidades lutam ara servir ao público completa e honestamente. A integridade profissional é a base da credibilidade do jornalista. Os membros da Sociedade dedicam-se ao comportamento ético e adotam este código para declarar os princípios e padrões de prática da Sociedade.


Buscar e Relatar a Verdade
Jornalistas devem ser honestos, justos e corajosos ao coletar, relatar e interpretar a informação.
Jornalistas devem:

— Testar a exatidão da informação de todas as fontes e exercitar o cuidado para evitar erros inadvertidos. A distorção deliberada nunca deve ser permitida.
— Buscar diligentemente os personagens das notícias, para dar-lhes a oportunidade de responder a acusações.
— Identificar as fontes sempre que possível. O público deve receber tanta informação quanto possível sobre a confiabilidade da fonte.
— Sempre questionar os motivos das fontes antes de prometer anonimato. Esclarecer as condições inerentes a qualquer promessa feita em troca de informação. Cumprir as promessas.
— Certificar-se de que as manchetes, chamadas e material promocional, fotos, vídeo, áudio, gráficos, declarações e citações não estão mal representados. Eles não devem supersimplificar ou salientar incidentes fora de contexto.
— Nunca distorcer o conteúdo de fotos ou vídeos noticiosos. Melhoramento técnico para dar clareza à imagem é sempre permitido. Identificar montagens e fotoilustrações.
— Evitar representações enganosas ou noticiar fatos montados. Se a representação é necessária para contar uma história, identifique-a como tal.
— Evitar métodos ocultos ou sub-reptícios de coletar informação, exceto quando os métodos abertos tradicionais não podem revelar informações vitais para o público. O uso desses métodos deve ser explicado como parte da história.
— Nunca plagiar.
— Contar com confiança a história da diversidade e magnitude da experiência humana, mesmo quando isso for impopular.
— Examinar seus próprios valores culturais e evitar impor esses valores aos outros.
— Evitar estereótipos de raça, gênero, idade, religião, etnia, geografia, orientação sexual, deficiência, aparência física ou status social.
— Apoiar o intercâmbio aberto de visões de mundo, mesmo de visões consideradas repugnantes.
— Dar voz a quem não a tem; fontes oficiais e não-oficiais de informação podem ser igualmente válidas.
— Fazer distinção entre defesa e reportagem. A análise e o comentário devem ser identificados e não deturpar fato ou contexto.
— Fazer a distinção entre notícia e propaganda e evitar os híbridos que borram as divisões entre ambos.
— Reconhecer uma obrigação especial de certificar-se de que o negócio público é conduzido abertamente e de que os registros do governo estão abertos à inspeção.

Minimizar os Prejuízos
Jornalistas éticos tratam as fontes, personagens e colegas como seres humanos que merecem respeito.
Os jornalistas devem:

—Mostrar compaixão por aqueles que podem ser afetados negativamente pela cobertura jornalística. Usar sensibilidade especial ao tratar com crianças e fontes e personagens inexperientes.
— Ser sensíveis ao procurar ou usar entrevistas ou fotos daqueles afetados por tragédias ou aflição.
— Reconhecer que coletar e relatar a informaçãopode causar prejuízo ou desconforto. A busca da notícia não dá direito à arrogância.
— Reconhecer que os indivíduos particulares têm mais direito a controlar a informação sobre si próprios do que os ocupantes de cargos públicos e outros que buscam poder, influência ou atenção. Somente uma extrema necessidade pública pode justificar a intromissão na privacidade de qualquer um.
— Demonstrar bom gosto. Evitar o estímulo de curiosidades sensacionalistas.
— Ser cuidadosos ao identificar suspeitos juvenis ou vítimas de crimes sexuais.
— Ser judiciosos ao nomear suspeitos de crimes antes do encaminhamento formal da acusação.
— Balancear os direitos de um suspeito de crimes a um julgamento justo com o direito do público a ser informado.

Agir com Independência
Os jornalistas devem ser livres de obrigações com qualquer interesse além do direito do público a saber.
Os jornalistas devem:


— Evitar conflitos de interesse, reais ou percebidos.
— Permanecer livres de associações e atividades que possam comprometer a integridade ou danificar a credibilidade.
— Recusar presentes, favores, gratificações, viagens gratuitas e tratamento especial, e evitar segundos empregos, envolvimento político, cargos públicos e servir a organizações comunitárias se elas comprometem a integridade jornalística.
— Deixar claro quando há conflitos inevitáveis.
— Ser vigilantes e corajosos para manter a responsabilidade dos que têm o poder.
— Negar tratamento favorável a anunciantes e a quem quer que tenha interesses especiais, resistindo a sua pressão para influenciar a cobertura da notícia.
— Desconfiar de fontes que oferecem informação em troca de favores ou dinheiro; evitar fazer ofertas pela notícia.

Ser responsáveis
Os jornalistas são responsáveis com seus leitores, ouvintes, espectadores ou qualquer outro público.
Os jornalistas devem:

—Esclarecer e explicar a cobertura da notícia e estimular o debate público sobre a conduta jornalística.
— Encorajar o público a expressar discordâncias com a imprensa.
— Admitir erros e corrigi-los prontamente.
— Expor práticas anti-éticas de jornalistas e da imprensa em geral.
— Agir pelos mesmos altos padrões pelos quais julgam os outros.

Tradução: Marcelo Soares (msoares@folhasp.com.br)

Os kupapatas de San Diego...

San Diego também tem kupapatas.
A única diferença é que estes daqui são pulas e não podem pôr motor nas bikes.
Aqui é como na Índia.
A tracção é animal...


domingo, 14 de agosto de 2011

Retrospectiva dos meus últimos dias no Facebook (desde que saí de Luanda)

Obama está a viver, provavelmente, o pior momento do seu mandato. Corre o risco de terminar pior que Jimmy Carter e não ser reeleito. Como ajudar o brother?
A última vez que aqui estive em 2007, Obama estava a disputar as primárias no Parrtido Demomocrático. Regresso a Washington para ver Obama, no maior dos sufocos/desesperos a lutar pela sua sobrevivência política como primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Alguns dos seus críticos à esquerda, acham que ele tem sido apenas o primeiro presidente não branco dos EUA e pouco mais...
Obama está a viver, provavelmente, o pior momento do seu mandato. Corre o risco de terminar pior que Jimmy Carter e não ser reeleito. Como ajudar o brother?
(...)
Não sei a quanto tempo este camarada decidiu acampar na avenida mais famosa do mundo, a Pensilvânia Av., diante da Casa Branca, para protestar contra o envolvimento dos EUA nas várias e destruidoras guerras por este mundo fora, em que tem participado.
Já imaginaram quanto tempo duraria um protesto do género em Luanda, nas imediações do Palácio da Cidade Alta?
(...)
JES felicitou o seu camarada, amigo e kota, Pinto da Costa (PC), por uma proeza que ele próprio ainda não conseguiu realizar, ao fim de cerca de 32 anos de poder. O novo/velho Presidente de São Tomé dirigiu os destinos do arquipélago nos primeiros 15 anos da sua vida como país independente sem ter sido eleito. PC regressa agora ao poder legitimado pelas urnas.
(...)
Eleições presidenciais para mim são mesmo eleições presidenciais. O cidadão tem o direito de eleger o Presidente da República, sem estar confrontado/pressionado com outras escolhas. O modelo atípico "descoberto" pelo MPLA e plasmado na nova constituição do país não me convenceu nem um bocado, embora saiba que ele foi produzido no laboratório com propósitos muito claros e estratégicos
(...)
Foi a 28/08/63, que Martin Luther King (MLK) pronunciou em Washington o célebre discurso "I Have a Dream".
48 anos depois, será inaugurado aqui em Washington no próximo dia 28 um monumento (memorial) dedicado à sua pessoa, localizado na zona mais simbólica do país. MLK será assim o primeiro negro a possuir no National Mall um monumento em sua honra, depois de ter sido igualmente o primeiro e até agora único black, a ter uma estátua dentro das instalações do Congresso.(http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.mlkmemorial.org%2Fsite%2Fapps%2Fnlnet%2Fcontent2.aspx%3Fc%3DhkIUL9MVJxE%26b%3D1601381%26ct%3D9375595%26notoc%3D1&h=vAQAetBaOAQDwLGVNEzjkXOz7Qhe8eo2tpBx9DzRnbibT7Q)
(...)
Acabo de ouvir na Emissora Católica de Angola que o SME não permitiu a entrada em Luanda de dois jornalistas moçambicanos que vinham fazer a cobertura das actividades da SADC. Não gostei do que ouvi. Maputo desburocratizou bastante a entrada dos angolanos em Moçambique. Este recado é para Sebastiao Martins. A SADC está de "parabéns" por mais este progresso à caminho da integração total no ano de São Nunca à tarde...
(...)
Não se trata de culpar ninguém, RSalvador e muito menos de defender, como parece ser a tua preocupação. Os jornalistas moçambicanos se viajaram sem visto, deviam estar a pensar na aplicação do principio da reciprocidade, porque de facto na fronteira de Moçambique os angolanos são tratados como irmãos.
(...)
Há o caso de uma moçambicana casada com um angolano, com filhos angolanos que vive no Huambo há já alguns anos e até agora ainda não conseguiu regularizar a sua situação migratória. Esta informação pode estar desactualizada...
http://www.facebook.com/photo.php?fbid=1878942227862&set=a.1472654430921.54842.1670467054&type=1#!/photo.php?fbid=1875399179288&set=a.1472654430921.54842.1670467054&type=1&theater
(...)
Nos States não há lei de imprensa. Nos States a Constituição proibe expressamente (1ªEmenda) que o Congresso regulamente a liberdade de expressão/liberdade de imprensa. Nos States não há carteira profissional, não há organização nacional, não há pré-condições para se ser jornalista, incluíndo ao nível da formação. Nos States há muitas, mas mesmo muitas organizações que trabalham com os médias e com os jornalistas
(http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.spj.org%2Fethicscode-port.asp&h=oAQB1_624AQBdiWV-qBvAQHK4MZ5fz3ReKMMfC__8VHOqGg)
(...)
Angola, a RDC e as Seychelles são os três países "empatas" da SADC, segundo Beatriz Morais, que uma vez mais em declarações esta manha a RNA justificou as razões que levam o nosso país ainda a não ter implementado o Protocolo de Comércio. Todos os anos ouvimos estas dikas. Deve ser para não variar...
http://www.facebook.com/photo.php?fbid=1878942227862&set=a.1472654430921.54842.1670467054&type=1#!/photo.php?fbid=1877171863604&set=a.1472654430921.54842.1670467054&type=1&theater
(...)
Já deixei Washington. Estou desde este sábado em San Diego, na Califórnia. Aqui tudo me faz lembrar os filmes de cobaiada da minha infância/adolescência. Lembram-se da Estação de Santa Fé? Está aqui inteirnha da silva. San Diego faz fronteira com Tijuana/México. Já começa a cheirar a cocaína...
(...)
San Diego dorme em profundidade (são 4.45 da madrugada), mas eu já consegui ouvir o noticiário do meio dia da Ecclésia, melhor do que às vezes oiço aí em Luanda no meu rádio de pilhas…
Ainda há quem pensa em controlar a comunicação.
A Internet veio derrubar todas as cortinas, incluindo a nossa, que é de capim, mas que tem complexos de ser de ferro…
Viva o artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos!
(Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, este direito implica a liberdade de manter as suas próprias opiniões sem interferência e de procurar, receber e difundir informações e ideias por qualquer meio de expressão independentemente das fronteiras)
(...) 
Os jornalistas moçambicanos tinham visto segundo apurou a Ecclésia. O SME diz que não. A Eccélsia teve acesso a uma cópia de um dos passaportes do jornalistas moçambicanos, onde consta o visto de entrada em Angola. Ainda segundo a ECA, os moçambicanos terão sido objecto de alguns "mimos" nada fraternos no "aeroporto das catanas". Afinal de contas Simão Milagre, em que é que ficamos? Alguém está a ficar muito tremido nesta fotografia...
(...) 
O problema de fundo para mim é que Angola continua a ser "governada" pela segurança. Mesmo os políticos do regime têm receio/medo de questionarem algums critérios utilizados pela bófia para gerirem determinadas situações.
 O Estado policial/repressivo do passado deu lugar a uma versão mais moderada que é o estado da "inteligência", mas que não deixa de ser um estado que sempre que pode bloqueia o estado democrático de direito. Por isso é que Angola é sempre uma caricatura, quando estamos a falar de coisas mais sérias, como a democratização e a transparência...
 (...)
A última pessoa com quem falei em Washington foi um angolano, chamado Rafael Marques.
Conhecem?
RM está na capital norte-americana há cinco meses numa “missão impossível”. Ele está a reflectir sobre as melhores formas de se combater a corrupção em Angola, que na sua avaliação já é o principal obstáculo à democratização do nosso país.
Vamos ter novidades deste jornalista nos próximos tempos, que já é nesta altura, provavelmente, o único angolano do ramo a trilhar com alguma profundidade os caminhos do jornalismo de investigação, com as suas atenções viradas para o campo da política/economia.
 
 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Acta (parcial) do programa que não foi transmitido


No decorrer do programa Semana em Actualidade gravado sexta-feira que a TPA por “razões operacionais” fez-nos o favor de não transmitir no domingo, conforme deveria ter acontecido, foram duas as questões abordadas por mim e pelo Mário Pinto de Andrade, no debate moderado pelo Antunes Guanje.
Falou-se (para o boneco) na maka dos desmaios/desfalecimentos e na crise da UNITA que prossegue dentro de momentos.
No tema livre tentou-se (por antecipação) comentar a demissão do Governador de Luanda, mas na altura em que gravávamos o programa (sexta-feira de manhã) ainda não se tinha conhecimento das razões oficiais que estiveram na origem da “chicotada psicológica”, que só viriam a ser tornadas públicas no mesmo dia à noite.
Ainda no tema livre falámos da visita relâmpago efectuada por Kabila a Luanda.
Em relação à maka das escolas manifestei no debate a minha decepção pela forma como o segundo homem da polícia nacional, o Comissário Paulo de Almeida, se portou na conferência de imprensa, o que em meu entender não ajudou em nada a transmissão da mensagem de tranquilização que se pretendia passar.
De facto Paulo de Almeida com as suas piadas e apartes esteve muito mal, num momento em que devia ter tido um outro desempenho, muito mais de acordo com a seriedade da conjuntura. A sua tentativa de desdramatizar (pela via da banalização e da chacota) a situação foi desastrosa e agravou ainda mais os receios da população, para além de não ter prestigiado em nada a imagem da corporação a que pertence junto da opinião pública. Uma imagem que por si já não é nada famosa.
Quanto a acusação feita pelo psiquiatra Rui Pires, segundo a qual o sensacionalismo da imprensa teria sido o grande responsável pelo agravamento da crise, acho que ela é um recurso (já clássico) muito usado nestes casos. A imprensa é normalmente visada (para desviar atenções) em situações de crise, sobretudo quando os poderes públicos estão confrontados com algum problema mais complicado.
Conforme já aqui escrevi, acho que os jornalistas, depois das considerações feitas na conferência de imprensa, têm de ser mais criteriosos/rigorosos na cobertura desta crise, sem descurar o seu principal dever/papel que é manter a opinião pública devidamente informada.
As tentativas de silenciamento dos médias não resolvem o problema e só abrem espaço para mais especulação, com todas as consequências que se adivinham desastrosas para o combate ao clima de pânico/histeria que se quer eliminar.
No tocante à UNITA, esperava que Samakuva fosse abrir uma porta de diálogo com o “Grupo de Reflexão” e os seus mentores/apoiantes. Tal não aconteceu, tendo mesmo verificado-se um endurecimento do tom.
Trata-se de um caminho que pode não ajudar muito a solução da crise interna que se instalou no seio da UNITA.O “Grupo de Reflexão” integrado por gente mais nova da UNITA, parece ser apenas a ponta visível de um iceberg cuja dimensão ainda não é bem conhecida ou eventualmente não está completamente formado.
Seja como for Samakuva, em meu entender, continua a ter uma forte base de apoio na UNITA, o que explica de algum modo a sua recusa em dialogar com os “dissidentes”, tendo optado por um vigoroso contra-ataque, conforme ficou patente nos termos usados no comunicado lido por Alcides Sakala, no final da reunião do Comité Permanente realizada a semana passada em Luanda.
Esta reunião foi marcada logo na abertura pela constatação/acusação feita por Samakuva e dirigida directamente a Abel Chivukuvuku (AC), segundo a qual é a sua ambição em ser Presidente da República que está na origem do surgimento do “Grupo de Reflexão”.
Não vejo qualquer problema em AC querer ser Presidente da República e de em consequência dessa aspiração querer ser o candidato da UNITA as próximas eleições, como o número um da sua lista.
Isto para contrariar a ideia da conspiração que está subjacente à referência feita por I.Samakuva ao seu rival, onde só faltou falar em golpes palacianos.
É meu entendimento que a direcção da UNITA não está a saber reagir muito bem a este desafio que tem pela frente, numa altura em que as eleições se aproximam, sendo o único beneficiário de toda esta turbulência, o partido da situação que só pode estar a “divertir-se” com o que se está a passar…

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O espírito e a letra do Semana em Actualidade

O Semana em Actualidade (SA) não foi transmitido este domingo pela TPA por alegadas razões operacionais, depois de ter sido gravado sexta-feira de manhã.
Apesar de não estar em Luanda, custa-me engolir, de muito longe onde me encontro, esta “explicação”, porque já não tenho idade para acreditar em certos shows que se fazem com recurso à magia.
O Semana em Actualidade é recordista em “problemas técnicos”, sendo tal performance o resultado do imenso “carinho” que lhe é dedicado no seio da estação pública.
"Carinho" e... muito "apoio", a projectar uma situação do tipo "nonsense", mas que de facto, conhecendo nós como conhecemos os cantos casa, qual vassoura velha, faz todo sentido e mais algum...
Este, note-se, foi apenas mais um “incidente”, entre os muitos que o programa tem vindo a coleccionar ao longo dos seus últimos anos de existência, numa altura em que a direcção da televisão se prepara para o “liquidar”, informação que já tivémos a oportunidade de partilhar aqui neste morro.
O problema não é propriamente o desaparecimento do SA da grelha da programação da TPA, onde será, provavelmente, o programa decano, isto é, o mais antigo de todos, nesta altura.
O problema é a eliminação do seu espírito, um espírito que tem atormentado a cabecinha de muito boa gente dentro da própria TPA, onde figuram conhecidas raposas velhas da estação, algumas das quais têm com o jornalismo e a comunicação a mesma relação que o vendedor de banha da cobra mantém com o megafone.
Outras, de não inúteis, já nem esta relação conseguem estabelecer…
Isto, a par de outras guerrilhas mais pessoais na área dos ciúmes e da intriga palaciana, que se vão fazendo pelos seus viciados corredores com pontes para o exterior, para só ficarmos por aqui.
Fora da TPA as “tormentas” são ainda maiores, embora já haja um interessante debate ao nível da própria cúpula do sistema sobre a utilidade do espírito do SA para a própria estratégia do maioritário, que permanentemente tem a sua imagem (mal) colada ao controlo político/manipulação dos médias estatais.
Não é a primeira vez que o espírito do SA está a ser ameaçado de morte, confirmada que parece estar a eliminação física da sua letra.
Vamos ver o que acontecerá desta vez, pois também já vivemos num país onde nada é definitivo e tudo pode mesmo acontecer, ao sabor da conjuntura, como confirma a aparatosa queda de José Maria dos Santos do GPL, cerca de seis meses depois ter sido nomeado, com toda aquela fanfarra política, de que ainda estamos bem recordados.
Dois valiosos terrenos foram suficientes para retirar o jovem activista do baralho do sistema…

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Angola no NEWSEUM

No primeiro dia da minha terceira deslocação aos Estados Unidos (onde me encontro actualmente a convite do Departamento de Estado), a segunda depois do 11 de Setembro, visitei na mundialmente famosa Pensilvânia Avenue o NEWSEUM.
É um museu dedicado aos médias norte-americanos, mas não só. Considerado como sendo a nível internacional o mais interactivo dos museus, o NEWSEUM é uma das centenas (ou mesmo milhares) de estruturas do género que povoam a paisagem cultural dos EUA e muito particularmente da sua capital, a cidade de Washington DC.

No NEWSEUM encontrei Angola, por sinal muito mal representada, para não variar.
Encontrei Angola nos nomes de vários jornalistas assassinados no nosso país, por razões até hoje não esclarecidas. Ricardo de Mello é um destes jornalistas que representa pelas piores razões Angola no NEWSEUM.
Alberto Chacussanga da Rádio Despertar, assassinado mais recentemente, é outro rosto que fala da violência em Angola contra os jornalistas. Dos assassinados, Chacussanga é o único dos angolanos que tem “direito” a fotografia no mural dos profissionais desaparecidos ou feitos desaparecer em todo o mundo.
Encontrei ainda Angola representada no mapa mundial da liberdade de imprensa num continente onde o Mali, Gahana, Cabo-Verde e Mauricias, pintados a verde são únicos considerados países livres.
Depois existem mais alguns poucos pintados a amarelo, onde a liberdade é relativa. Angola faz parte do grande mapa africano pintado a vermelho onde não existe liberdade de imprensa. Esta secção do mapa é integrada pela maioria dos países do nosso continente.
É esta a imagem que o nosso país continua a vender no exterior…

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Políticos ou Predadores?

A classe política é de facto a grande responsável pelas crises que sacodem actualmente os países em todo o mundo. Não quero generalizar esta minha decepção, mas efectivamente os políticos quando chegam ao poder/governo esquecem-se muito rapidamente daquilo que aprenderam (de positivo) quando faziam o tirocinio da carreira, normalmente nas hostes da oposição ou na sociedade civil. Será que o poder tem um vírus altamente contagioso?Eu acho que sim. Será que os anarquistas (vide Bakunine) é que têm razão?Não sei...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Esta é a mais recente "bandeira" do Jornal de Angola...

Mukanda para os repórteres

Depois da conferência de imprensa de terça-feira conduzida pelo segundo homem da policia nacional, o Comissário Paulo de Almeida, que, de facto, com as suas piadas e apartes não esteve muito bem, tendo em conta a seriedade do assunto, o país não parece ter sossegado muito, com a tese da histeria colectiva.
A ter em conta o conteúdo do debate público promovido quarta-feira pela Emissora Católica de Angola, a policia não conseguiu convencer minimamente a opinião pública de que a actual crise dos desmaios nas escolas será apenas uma crise de histeria colectiva, de ordem psicogénica.
Diante desta realidade e a multiplicarem-se os incidentes nas escolas relacionados com os tais desmaios/desfalecimentos, algo mais terá de ser feito em defesa do bem maior que são as crianças afectadas e o ano lectivo.
Não creio que a solução seja "amordaçar" a comunicação social como parece que já está a acontecer, mas também acho que os nossos reporteres têm de ser um pouco mais cuidadosos/criteriosos a tratarem do assunto nos "locais do crime", de modos a identificarem exactamente o que se está a passar com as crianças.
Já não faz sentido noticiar rumores que nos chegam pelo telemóvel, para além das fontes populares que nos garantem a pé juntos que sentiram um cheiro muito complicado em determinada escola, antes de começarem os desmaios/desfalecimentos.
Depois de ter criticado politicamente as autoridades por falta de esclarecimento do caso por um periodo tão prolongado, desde que surgiu o primeiro caso numa das escolas localizadas na Nova Vida, sou da opinião que o diagnóstico apresentado na conferência de imprensa desta terça-feira tem de ser levado em conta, não apenas dando o benefício da dúvida, mas conferindo-lhe toda a sua importância, como referência maior para a orientação da cobertura jornalística, sem descurar toda a outra informação que nos continua a chegar das escolas e das comunidades.
Aqui fica pois este apelo, que não deve ser interpretado como nenhum convite a auto-censura e muito menos como um estímulo à repressão dos jornalistas por parte dos nossos "tonton-macoutes", que já estão na estrada à procura dos habituais suspeitos e com os sempre nada recomendáveis métodos do estado policial.
Prender... para depois investigar.

As minhas últimas bocas no facebook(retrospectiva)

Quando o advogado de defesa é o primeiro a ser julgado. É assim que por vezes funciona o tribunal da opinião pública. É um tribunal que não tem qualquer código de processo/regras.As minhas relações de amizade com William Tonet já têm mais 25 anos. É em nome desta amizade que lhe confesso publicamente a minha grande surpresa quando soube do seu envolvimento como causídico no processo Quim Ribeiro. Só isso...

(...)
O jornalista da Emissora Católica de Angola (ECA), Adão Tiago (AT), está detido desde ontem em conexão com a crise dos desmaios nas escolas. AT que é sub-editor da ECA também dá aulas de inglês numa escola do Sambizanga.
Cheira-me à "Lei da Rolha" na "República das Bananas", numa altura em que os "toton-macoutes" foram postos em estado de alerta máximo para tentarem controlar os danos colaterais...
(...)
A ter em conta o debate público promovido esta manhã pela Emissora Católica de Angola, a policia não conseguiu convencer minimamente a opinião pública de que a actual crise dos desmaios nas escolas será apenas uma crise de histeria colectiva, de ordem psicogénica.
(...)
Isaias Samakuva acusou hoje frontalmente e na sua presença, Abel Chivukuvuku de ser o responsável pela actual onda de agitação que varre a UNITA, por querer ser o numero 1 da lista do Galo Negro às próximas eleições gerais, previstas para o segundo semestre de 2012.
(...)
Os angolanos de sempre voltaram a ir as compras em Portugal. Desta feita compraram um banco falido a preço de saldo. Valeu? Não valeu? Só o tempo dirá. Os portugueses não gostaram. Eu, por outras razões, também não gostei.
(...)
É minha convicção que, de uma forma geral, toda a acumulação de capital "privado" em Angola foi feita com base no OGE. Isto para dizer, que não vejo grande mérito nos nossos capitalistas, que acabam apenas por ser uns vulgares salteadores da arca perdida...
(...)
A "gangue do betão armado" é mais poderosa do que se possa imaginar. Quando ela decide avançar, muito dificilmente há capacidade de a travar, porque ela faz parte do núcleo duro do sistema que nos governa. O que aconteceu em Luanda com o Palácio Dona Ana Joaquina (sobrou uma réplica) e com o Mercado do Kinaxixe ilustram bem o seu poder desta "gangue". Estou convencido que o seu próximo grande ataque será dirigido contra o Cine Atlântico na Vila-Alice.
(...)
 Malange, o regresso cerca de 40 anos depois...
A piscina municipal foi a única imagem que conservei nos arquivos mais profundos da minha memória relacionada com a primeira visita que efectuei a cidade de Malange, quando deveria ter pouco mais de 14 anos.
Lembrava-me de facto que durante os dois ou três dias que passei em Malange tinha estado ao lado de uma piscina que na altura se encontrava rodeada...


(...)
De bebedeira em bebedeira até à torra final! Venceu a tiba! A música ficou mais sóbria, mas mais pobre!
(na morte Amy Winehouse)
(...)
Começou a privatização das "nossas" praias, que agora vão passar a ser "deles"...
Agostinho Neto acertou em cheio. Regressámos efectivamente às nossas praias, que por sinal estão a ser muito mal tratadas, de tão sujas que elas andam.
O que AN não previu é que o jovem seu sucessor iria anos mais tarde fazer uma interpretação tão "possessiva" (na primeira pessoa do singular) deste regresso. Só falta conhecer o nome da empresa que vai fazer a gestão da "orla costeira".
(...)
A privatização dos bens públicos é um processo que está em marcha há muito tempo. Esta é apenas mais uma etapa...

 
 
 
 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A maka das escutas telefónicas

Luanda – O recente caso das escutas telefónicas ilegais na Grã-Bretanha e que levou ao encerramento do secular tablóide “News of the World (NW)”, do império jornalístico de Rupert Murdoch, reabre o debate sobre as limitações que a lei e ética impõem ao jornalismo.

A opinião foi emitida hoje (terça-feira), em Luanda, pelo jornalista Reginaldo Silva, em entrevista à Angop que visou abordar o escândalo de escutas telefónicas ilegais que para além de encerrar o jornal, levou a morte do jornalista que denunciou o facto.
O escândalo também provocou as demissões do chefe da Scotland Yard (polícia judiciaria) Londres e a de Andy Coulson, um assessor do primeiro-ministro britânico, David Cameron.
Para Reginaldo Silva, “sendo já ponto assente que a utilização das escutas telefónicas por parte dos jornalistas é formalmente proibida por lei e pela ética, tal barreira não pode impedir-nos de questionar o impacto desta limitação, diante de algumas situações, como aquelas que atentam gravemente o interesse público”.
Membro do Conselho Deontológico do Sindicato de Jornalistas Angolanos (SJA), o jornalista admite não conhecer, “por razões ligadas às limitações deontológicas da profissão, nenhum código que permita expressamente que os jornalistas façam recurso a escutas para obterem informação”.
Porém, questiona a fonte, “no conflito entre a busca da verdade e a ética, qual seria a atitude mais correcta do ponto de vista jornalístico se, numa dessas escutas, o jornal tivesse conhecimento que estava em marcha um plano que colocava em risco a vida da Rainha da Inglaterra”.
Por outro lado, Reginaldo Silva chama a atenção para o facto da lei que proíbe as escutas telefónicas sem mandato judicial, “ser sistematicamente violada pelos próprios governos”.
Por isso, prosseguiu o entrevistado, muitos escândalos políticos tiveram origem na “intromissão abusivas de governos e autoridades policiais na esfera privada da vida dos cidadãos”.
O jornal “News of the World” foi publicado pela última vez em 3 de Julho, na sequência do escandalo das escutas telefónicas ilegais, em que quatro mil pessoas foram vítimas do procedimento do tablóide.
O escândalo iniciou em 2006, quando uma fuga de informação permitiu saber que alguns jornalistas do News of the World recorriam às escutas para interceptar comunicações de famosos, como mensagens nas caixas de entrada de celulares, para conseguir assim exclusivas, e desde então começou a ser investigado pela Polícia.
===========================================
===========================================
Para mais pormenores sobre o que penso deste caso, leia a seguir o texto que elaborei sobre o assunto e que serviu de base ao despacho da Angop.
Os métodos em causa podem não ter ferido e, antes pelo contrário, terão mesmo ajudado bastante a apurar a verdade dos factos reportados pelo NW. Imaginemos que numa dessas escutas o NW tivesse conhecimento que estava em marcha um plano qualquer para matar a Rainha da Inglaterra. Qual seria a atitude mais correcta do ponto de vista jornalístico?

Como resultado de tais escutas, os jornalistas normalmente ficam na posse de importantes pistas que lhes permitem desencadear uma investigação mais exaustiva sobre um determinado assunto.
Eu não conheço as matérias publicadas pelo NW, pelo que fica difícil avaliar qual foi o tratamento dispensado pelo tablóide às informações que obteve com tal recurso menos convencional/ilegal.
Definitivamente, tais recursos não são os mais recomendáveis, pelo que não é por aí que o jornalismo de investigação deve seguir o seu rumo independente, embora hoje já se aceite que, por exemplo, os jornalistas utilizem câmaras ocultas para produzirem reportagens em meios mais hostis/criminosos.
Em nome da salvaguarda e defesa do interesse público esta e outras situações não são tão pacíficas como aparentam ser, pois cada vez mais o jornalismo tem contribuído para a moralização da sociedade e para a denúncia de situações gravemente lesivas do interesse nacional.
Primeiro, as escutas sem mandato judicial não são permitidas por causa das limitações impostas pela própria lei num Estado de Direito. Por razões ligadas às limitações deontológicas da profissão, não conheço nenhum código que permita expressamente que os jornalistas façam recurso a escutas para obterem informação necessária ao seu trabalho.
É bom que se faça aqui notar, a lei em causa que proíbe as escutas telefónicas sem mandato judicial, é sistematicamente violada pelos próprios governos.
Angola não foge a este universo, pelo que é conversa corrente, embora as autoridades façam questão de desmentir tais rumores, sempre que eles surjam.
Quantos escândalos políticos por mundo fora, não tiveram na sua origem esta intromissão abusiva dos governos/policias na esfera privada da vida dos cidadãos?
Acho que há aqui um espaço muito interessante de debate.
Sendo para já ponto assente que a utilização das escutas telefónicas por parte dos jornalistas é formalmente proibida por lei e pela ética, tal barreira não pode impedir-nos de questionar o impacto desta limitação diante de algumas situações mais concretas, com destaque para aquelas que envolvem atentados graves do interesse público.
O grande problema tem a ver com a gestão desse tipo de informação quando chega ao conhecimento dos jornalistas.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Em quê que ficamos?

É nestas alturas que a eficácia do "aparelho" deve ser avaliada em profundidade. Pelos vistos, os seus agentes estão mais preocupados em saber quem é que anda falar mal do "Camarada Presidente".
O gás pode esperar...