quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Da primavera árabe ao cacimbo angolano...

Quem não tem primavera caça com cacimbo...

Desta vez, alguns dos "cacimbados" manifestantes, que começam a acreditar que todos os países têm direito à sua "primavera" (a primeira do género aconteceu em Praga), foram caçados e duramente reprimidos, enquanto aguardam julgamento em processo sumário, nas piores condições humanitárias que se possam imaginar.
Vão ser julgados não por se terem manifestado contra JES, mas por terem agredido não se sabe ainda quem, nem como.
Mesmo em processo sumário, qualquer tribunal que se preze só pode condenar com provas e todas as provas para já indicam o contrário, isto é, que os supostos agressores é que foram os verdadeiros agredidos.
Em abono da verdade, e para que conste na história, o "cacimbo angolano" começou com um show de rap no Cine Atlântico liderado pelo "Brigadeiro Matafrakuz", o primeiro dos "cacimbados" a sentir no corpo amolgado os efeitos brutais da actividade de um "observatório meteorológico" que começa a perder a paciência/calma e já não sabe muito bem que informação há-de passar para a opinião pública nacional e internacional, se quiser manter-se, mesmo que aparentemente, do lado dos ventos da globalização.
Na primeira reacção ao mais recente desenvolvimento do "cacimbo angolano" produzida ainda em Lisboa, disse que a noticia era positiva e ao mesmo tempo negativa.
Positiva em termos democráticos, porque a manifestaçao de sábado havia sido autorizada pelo GPL.
Negativa, por causa da repressão que se abateu contra manifestantes e jornalistas.
O passo em frente, escrevi na altura, tinha sido anulado por quatro a retaguarda.
Agora e depois de tudo quanto se tem estado a passar, acho que pequei por diferença em relação aos passos dados a retaguarda.
A avaliação continua, contudo, a ser muito preliminar e sujeita a permanentes actualizações em função das turbulências da conjuntura...