quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Aldeia Nova: O Fernando Pacheco estava coberto de razão...

No Waco Kungo, o  projecto Aldeia Nova já era. Envelheceu antes do tempo e morreu de morte prematura, embora anunciada por muito boa gente que, desde logo, viu naquele empreendimento o nascimento de mais uma "fábrica" para "torrar" dinheiro público. 
Um dos telespectadores que participou este domingo no Espaço Público da TPA colocou por email, ao Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Pedro Canga, a seguinte questão: 
"O executivo investiu na aldeia nova cerca de 70 milhões de dólares, já produziu cerca de 4,5 toneladas de hectares, mais de 40 litros de leite por animal. está falido. cerca de 800 familias estão sem receber rendimentos a cerca de 4 meses. trabalhadores ha mais de 5 meses sem salário. sr ministro a aldeia nova faliu depois do despacho presidencial datado de 1 de abril de 2010, a orientar a passagem dom projecto da ministério da construção, para o ministério da agricultura, até agora nada feito. qual a estratégia para salvar o projecto e voltar a produzir?"
[A resposta do Ministro pode ser conferida neste link:
http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/economia/2011/10/46/Executivo-transforma-Projecto-Aldeia-Nova-numa-Sociedade-Comercial,9edab2c5-ff5e-41fb-ad95-0f9c4a7d44e1.html]
O projecto Aldeia Nova é mais um clamoroso fracasso da forma (estratégia) como por vezes (muitas) se (des) governa este país ao sabor dos interesses particulares dos titulares dos diferentes pelouros. 
O Eng. Fernando Pacheco sempre alertou para os graves "defeitos de fabrico" do projecto. Foi crucificado pelo Jornal de Angola (mas não só).
O "nosso Pravda" até criou (mais) um patrulheiro no Waco Kungo chamado "Adelino Evale" para atacar o FP de forma vergonhosa e cobarde. 
"O tempo dirá quem tem razão"- premonitório, assim respondeu calmamente FP ao patrulheiro que o atacou no JA em Fevereiro último, disfaraçado de Adelino Evale, mas a tresandar a "querosene" quanto baste.
[Na mesma ocasião o dito patrulheiro (auto)elogiou a decisão do JA de instalar no município da Cela um centro gráfico para editar o "Jornal de Angola Rural". Quero ver agora em que é que vai ficar o dito projecto que tanto o encheu de alegria. A última aventura deste género, com o JA-Portugal dos tempos do LF, ainda está por contabilizar em termos de prejuízos para o erário público e de lucros para os bolsos dos seus promotores.]
Este domingo no Espaço Público/TPA o Ministro Pedro Canga confirmou o fracasso do projecto que há muito FP estava a anunciar com argumentos sólidos de um profundo conhecedor do sector agrário da nossa economia. 
Foram assim "torrados" mais de 70 milhões de dólares do erário público.
O que é curioso nesta derrocada é que, segundo consta, um número ainda não determinado de conhecidos e bem posicionados "camponeses/agricultores" que vivem confortavelmente em Luanda, já adquiriu parcelas de terra que se encontram localizadas dentro do perimetro do projecto. 
PS-Aconselhamos vivamente a leitura da análise sobre este tema produzida por Sérgio Calundungo que pode ser encontrada nos comentários a este post.