quarta-feira, 28 de março de 2012

E os professores?


Já estamos razoavelmente bem servidos em matéria de notícias sobre a construção de novas escolas em todo o país.
O que me está a preocupar agora é a ausência de noticias sobre a formação de professores, com destaque para o ensino primário... 
Esta "dika" é especialmente dirigida aos jornalistas que vivem "pendurados" na cobertura da agenda governamental, ignorando muitas vezes o verdadeiro interesse público, pois nem sempre o que vem do Executivo coincide com o que o país realmente precisa para resolver os seus problemas mais importantes e urgentes.
De facto pouco adiantará termos mais salas de aulas, mais carteiras e mais alunos a serem absorvidos pelo sistema, se a oferta dos professores em quantidade e qualidade não estiver a altura da procura.
Qual é a relação nesta altura entre a procura e a oferta de professores?
Falo de PROFESSORES mesmo e não de "sucedâneos", coisas parecidas, do tipo dá para desenrascar...
A ideia que tenho, espero estar muito enganado, é que as coisas não andam nada bem nesta praia e podem ficar muito piores...

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Fatima Sousa São as zonas perigosas do executivo angolano, privilegia a quantidade sem controlo em vez da qualidade controlada e sustentável dos projectos sociais. Todavia, a sociedade civil angolana, cada vez mais é exigente e vai deixar de andar acabrunhada pela opressão ditatorial.


Hermenio Baquila Concordo consigo grande Reginaldo mas, é para dizer que não vale apenas pensar em formação dos professores enquanto estivermos na governação do Cabelo Branco (entende-se JES) porque a governação dele é de um sistema de governo ideotizado que tem como principio: a má qualidade de formação, sistema de saúde totalmente envenenado e...


Nguvulu Makatuka SUBSCREVO, INTEGRALMENTE. Eu até já estudei por baixo de árvores, mas tinha bons professores. Escandaliza-me o modo como se anda a falsear o ensino público. E ninguém venha dizer que estou a ser do contra. Tenho todo o interesse em defender o sistema público de ensino. A ele devo toda a minha formação. Não terá sido má. Lamento que as próximas gerações já não usufruam dele. Ainda consegui exigir que a minha primogénita ( de 16 anos) estudasse até agora em escolas públicas, mas já não sei se hei de arriscar com as outras. Ao ritmo em que anda, de sistema terá cada vez menos. Quanto muito, há de ser o esquema de ensino público. E sou alérgico a esquemas, sejam eles de que natureza forem.


Reginaldo Silva Aqui não há ninguém do contra. Aqui somos todos a favor de uma Angola melhor...



Nguvulu Makatuka Claro que sim, companheiro. Pena é que grande parte de nós ainda não percebe que identificar os erros é a única maneira de os corrigirmos. Preferem fingir que está tudo bem. Isso lembra-me uma dica da Lauryn HILL num show acústico: "FANTASIA É O QUE AS PESSOAS QUEREM. REALIDADE É O QUE AS PESSOAS PRECISAM". Ainda carecemos de muitos banhos de realidade e mergulhos no mar de realidades preocupantes para nos darmos conta que há tanta coisa ainda por fazer que não me parece que se deva gastar tanto tempo e esforço em demonstrar o que foi feito. É verdade que muita da mossa malta nada reconhece, mas essa é outra crónica



Horacio Sousa Reis O Reginaldo acaba de tocar na ferida: professores.
Pois a realidade e trágica: um professor da aulas numa turma com cerca de 60 alunos. Agora é obrigado a dar 24 tempos. Como é que ele pode oferecer um trabalho de qualidade? Com uma turma de 60 alunos, anti-pedagógico naturalmente,esse professor esta a fazer trabalho de 3 se tivermos em conta que o ideal seriam turmas de 20 alunos. Não bastava já a fraca qualidade da maioria dos professores ainda se tem que lutar com esta situação. Depois é preciso corrigir provas de turmas de 60 alunos e de 24 tempos dia. Os tugas que venham dar aulas nesta selva em que reina a educação. E ainda fazem sacanagem contra alguns professores competentes, só porque estes falam. Algo vai mal no reino da Dinamarca meus amigos; muita parra e pouca uva! Muitas salas, que não chegam, mas mesmo assim não se investe na formação de professores ue seria fundamental. Estuda-se numa sala de aula com carteira nova, quadro, pouco giz, mas pouco se aprende nestas circunstancias.
E preciso realmente por o dedo na ferida e a educação e uma ferida acreditem,...



Ady Jackson isso faz-me lembrar os aparelhos sofisticados que alguns hospitais na city possuem, mas que não estão a ser usados porque não existem pessoas qualificadas para manusea-las!



Paulo Aires Silva Domingos assim coragem o mais importante é falar de imagem escolar do mato ou dacity, onde salario no bengo atrasa dois anos e o professor vai a lavra ,lavrar.....esta dika é boa


Siona Junior Siona O Centro de Alfabetização Kudilonga, localizado no distrito do sambizanga, Comuna do Ngola Kiluange, Bairro Campismo, beneficiou do apoio do fórum de mulheres jornalistas pela igualdade no género, e já tem uma instrutura nova com boas condições ambientais.
Hoje 28 de Março de 2012 as 9 horas vai ser inaugurado a instrutura nova do Centro de Alfabetização Kudilonga.
E já tem como padrinho do projecto: Irmão Nguito Panda
No centro de alfabetização kudilonga, tem mais de 50 senhoras (mulheres) aprender a ler e a escrever, este projecto é uma iniciativa de dois jovens do Bairro campismo.(ensino gratuito para mulheres é objetivo principal)



Valter Diego Faro enquanto se continuar com o crime educacional que é a mono-docência no primeiro ciclo,um professor para muitos alunos e varias disciplinas dentro de uma jaula,uma autentica fabrica de idiotas,teremos sempre o futuro adiado e inseguro,não adianta ter muitas escolas e se quartear conhecimento aos homens,precisa-se urgente que se ministre conhecimento aos angolanos,para que os angolanos se libertem,e isso tem de ser feito de pequeno...