sexta-feira, 18 de maio de 2012

Caso Suzana Inglês- Allegro ma non troppo...


O novo andamento decidido pelo “Maestro” para o processo eleitoral, com a tardia decisão que o Tribunal Supremo acaba de tomar, destina-se claramente a acelerar e, simultaneamente, a tornar mais consensual o seu ritmo.
Esta intenção é aparentemente contraditória com o processo que conduzirá a escolha do novo "CEO" que vai precisar de mais algum tempo precioso, quando já se está em contagem regressiva.
Importa referir que Suzana Inglês, segundo julgamos saber, pode recorrer desta decisão para o plenário do Tribunal Supremo, o que a confirmar-se poderá atrasar ainda mais o novo andamento que está a ser introduzido pelo “Maestro”.
Não temos informação suficiente para o afirmar, mas sinceramente não acreditamos que o SI o venha a fazer, tendo em conta o conhecimento que já possuímos do “sistema”, sobretudo quando ele se fecha ou entra em fase de bloqueio.
Antes de mais, parece-nos que algo de muito complicado terá acontecido com a própria gestão pessoal de Suzana Inglês da CNE, pois não conseguimos encontrar uma outra razão, mais política, que possa ter determinado uma reviravolta tão espectacular em relação à forma, aparentemente muito determinada, como a orquestra estava a tocar até agora.
Depois de Suzana Inglês ter sido muito recentemente recebida por JES no Palácio, de facto fica muito difícil perceber o que se terá passado nas últimas semanas com a Presidente da CNE.
Alguém a tramou ou ela tramou-se sozinha?
O que é facto é que nesta altura SI já é uma carta fora do baralho, o que está confirmado pela declaração do BP do MPLA que se seguiu quase de imediato à divulgação do acórdão do TS, em mais uma movimentação perfeitamente sincronizada, que não pode passar a ninguém despercebida.
Enquanto se aguarda pela reacção da UNITA, tendo como uma das referências as manifestações convocadas para este sábado, parece-nos que esta decisão do TS destina-se a introduzir algum oxigénio/arejamento no asfixiante clima que se estava a criar em torno do processo conducente à realização das eleições.
Aparentemente é um recuo, mas que pode ser facilmente capitalizado, pois mais importante do que exibir força e determinação, ter-se-á chegado a conclusão que era necessário nesta fase do campeonato credibilizar o “Estado de Direito”, que já começava a andar pelas ruas da amargura diante de tantos atropelos à própria lei.