segunda-feira, 30 de julho de 2012

Na expectativa (ainda) do debate entre JES e os seus desafiadores*



Das duas vezes que os angolanos foram chamados às urnas, em 1992 e 2008, não houve qualquer debate directo/televisivo entre os concorrentes, tendo as campanhas eleitorais sido marcadas por esta ausência que foi para mim o elemento que mais me chamou a atenção. Obviamente, pela negativa.
Acho que o debate entre os candidatos é fundamental para o esclarecimento dos eleitores e para a sua própria mobilização a fim de se evitarem as taxas elevadas de abstenção, embora este mérito da mediatização não seja tão líquido assim. Acredito, contudo, que nas condições de Angola uma campanha eleitoral com debates directos entre os seus protagonistas é sem dúvidas muito mais mobilizadora que uma outra onde esta componente esteja ausente.
Por via desta omissão, em 1992 o país perdeu a grande oportunidade de ser testemunha do primeiro grande debate político entre José Eduardo dos Santos (JES) e Jonas Malheiro Savimbi, numa altura em que de facto era da maior importância fazer o levantamento das causas do desastre que Angola tinha conhecido desde a sua ascensão à independência.
Causas e consequências, sem os angolanos imaginarem que o pior ainda estava para vir.
Este debate acabou por nunca acontecer na sequência de todas as atribulações que o processo político então conheceu, com o regresso de uma guerra ainda mais devastadora ao quotidiano dos angolanos e que culminou com o próprio desaparecimento físico de Savimbi em 2002.
Dezasseis anos depois da realização das primeiras eleições, em 2008 o país foi novamente convocado para acertar as suas diferenças com recurso às urnas e aos votos, mas o debate entre os candidatos voltou a não acontecer.
Já havia certamente outras condições, muito melhores quem 1992 do ponto de vista da coabitação política entre os inimigos que, entretanto, já tinha sido “promovidos” a adversários, mas todo este ambiente mais favorável não foi suficiente para reuni-los à mesma mesa do debate.
Aproximam-se agora a passos cada vez mais rápidos as terceiras eleições, pois é já na próxima semana que a campanha eleitoral propriamente dita tem início com a duração de um período de 30 dias.
Apenas para alimentar alguma expectativa, diremos que (ainda) é possível que desta vez JES desça do seu cadeirão para aceitar o debate que lhe é proposto e que certamente todos os outros oito candidatos estão interessados e de que maneira.
Em abono da verdade poucos acreditam nesta possibilidade, onde não estamos incluídos.
Poucos imaginam ver JES a ser confrontado pelos seus desafiadores em pé de igualdade e sem nenhum limite para além daqueles que decorrem dos princípios da boa educação e do respeito pelo próximo.
Para sermos mais directos nesta abordagem, diríamos que muito dificilmente JES aceitaria um debate político, por exemplo com Isaías Samakuva, apesar de todos os trunfos que possui para atacar ou contra-atacar o seu principal adversário.
A ideia dos estrategos dos candidatos aparentemente mais fortes é que a sua presença num debate em pé de igualdade, tendo em conta a sua grande visibilidade, beneficia sempre os aparentemente mais fracos.
Acho que é esta a razão, entre várias outras onde se incluem as de caracter mais pessoal, que irá uma vez mais desaconselhar JES a participar em qualquer confronto mediático com os seus adversários.
Desde logo está projectada uma campanha eleitoral sem grande substancia, com base na propaganda e em acusações e contra-acusações e sem grandes possibilidades do eleitorado ser convencido com os necessários e mais esclarecedores argumentos de razão, sobre a bondade ou a clarividência de cada um dos nove candidatos e respectivos partidos.
Em nosso entender não deveria haver resistências da parte de ninguém à organização deste tipo de encontro que é sempre uma iniciativa concertada dos médias, pelo conhecimento que tenho de outras realidades democráticas mais consolidadas e mais transparentes.
Uma iniciativa que só pode ir para frente se os concorrentes/candidatos estiverem interessados pois a lei (pelo menos a angolana) não os obriga a participarem em debates televisivos.
No caso de Angola sou das pessoas que defende, um pouco inspirado pelo que se passa no futebol, que a lei devia ser mais exigente, isto é, que os participantes nas eleições deveriam ser obrigados a participar num debate televisivo do tipo todos contra todos em modalidades a definir.
Como o xadrez partidário angolano tem estado a evidenciar uma tendência para a sua redução até nem haveria muitos problemas práticos com a organização deste tipo de confronto político-mediático.
Angola, lamentavelmente, ainda não faz parte deste outro mundo onde eu vou buscar os exemplos mais positivos, o que de algum modo se entende por todas as contingências que o país tem vivido nestas últimas três décadas e meia.
Entende-se, com algumas dificuldades, pois às vezes fica-se com a impressão que as pessoas que se refugiam no tempo para justificar alguma lentidão/marasmo do processo, nos querem dizer que o país precisa de ter os mesmos anos de paz que teve de guerra, até conseguir acertar o passo com uma dinâmica mais consentânea com a urgência do momento, a evidência de algumas situações e as boas práticas internacionais.
* Este texto foi publicado sexta-feira última, na edição para Angola do semanário "O Sol"

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Um esclarecimento para generais...

Em tempos questionei-me aqui e ali sobre a possibilidade de estarmos diante do regresso da figura do Comissário Político (CP) às FAA. Ontem os generais das FAA participaram numa palestra onde o tema foi exactamente este. O que existe agora é a figura do Educador Patriótico (EP), que em principio já não tem nada a ver com o antigo Comissário Político das "gloriosas".
O problema da informação que nos foi prestada pela "gloriosa TPA" é que em nenhum momento da peça nos é dito quais são de facto e de jure as diferenças entre o CP e o EP, por isso ficamos (quase) na mesma.
Sobrou a reafirmação por parte do Chefe dos Educadores Patrióticos que as FAA são apartidárias, o que já não é mau para inicio de conversa.
Sendo apartidárias, os EP das FAA só podem educar os seus educandos a votar em quem bem entenderem, sem qualquer tipo de constrangimento.
O que me pareceu da última vez que falei deste assunto é que da parte do General Egídio de Sousa estava a haver um "excesso de zelo" na forma/tom como ele estava a fazer a tal educação patriótica, que mais parecia uma educação politico-ideológica, claramente orientada para uma determinada direcção.
O tom era, para sermos mais objectivos, no mínimo ameaçador...

Um bairro muito especial...


 Em Luanda há um bairro muito especial para mim por razões que todos entenderão facilmente, pois foi lá onde praticamente nasci, cresci e recebi as contribuições mais importantes que estão na base do meu património ético que conservo até aos dias de hoje.
Trata-se de um “legado” que foi forjado no quadro de um extraordinário/muito interessante processo de socialização, tendo em conta as características especiais daquela que foi a minha primeira comunidade e a época histórica que então se vivia.
Estou a falar do Bairro Económico Dr. Manuel Figueira. O nosso “Bairro Cuba”. O dito cujo está localizado na extensa, emblemática e histórica Vila-Alice, onde foi construído em meados da década de 50.
O modelo das casas que o compõem pode ser encontrado noutros bairros de Luanda mas não só. Em várias cidades angolanas que eu já visitei encontram-se bairros do género com casas iguais às nossas.
Básicamente são três quartos de dormir. Uma sala de jantar e uma sala de estar. Uma dispensa e uma cozinha. Duas casas de banho e dois quintais, um deles, o da parte da frente, com uma refrescante varanda.
É o modelo da casa económica que Portugal colonial projectou e adoptou para implementar parte da sua política de habitação social em Angola, com que foi resolvendo sobretudo as necessidades dos seus funcionários públicos, tendo por base a renda resolúvel.
Surgiram depois modelos mais modestos como as casas do Cassequel e de outros bairros chamados de realojamento, que foram absorvendo as populações que viviam nas zonas de Luanda mais apetecíveis para os interesses do negócio imobiliário.
De uma coisa me lembro dessa época. Nunca houve desalojamento sem estar garantido o realojamento.
Devo confessar que em termos de qualidade mesmo estes modelos mais modestos são bastante superiores aos seus congéneres actuais dos panguilas e dos zangús e por aí adiante, custando-nos por vezes perceber, em nome da dignidade das pessoas, algumas das opções que têm vindo a ser tomadas.
O meu bairro tem de facto uma história muito gira e muito construtiva do ponto de vista das relações humanas que soube edificar, tendo por pano de fundo a dominação colonial portuguesa com todos os seus conflitos abertos e velados que marcaram os primeiros 14 anos da sua existência, até ao 25 de Abril de 1974.
O bairro era um verdadeiro caldeirão racial, social e político, onde era possível encontrar de tudo um pouco, desde portugueses brancos e racistas passando pelos jovens nacionalistas que já tinham uma célula clandestina do MPLA montada, até angolanos que supostamente seriam colaboradores discretos da PIDE, vulgo bufos.
Alimentou-se durante bastante tempo a ideia de que na capital angolana a resistência à ocupação colonialista foi feita apenas nas suas zonas mais suburbanas, nos chamados musseques, em bairros como o Sambizanga, o Marçal e o Rangel.
Não é verdade que apenas aquelas zonas tenham sido palco de acções organizadas de luta contra a presença colonial portuguesa.
No “asfalto” também havia vários “ninhos” de resistência, estando um deles, possivelmente um dos mais importantes, localizado no meu bairro que seria posteriormente arrasado pela PIDE/DGS com a prisão de todos os seus integrantes.
Do ponto de vista mediático parece-me ser interessante nesta altura destacar que o meu bairro tem prestado uma colaboração muito expressiva à governação deste país, desde que Portugal deixou de mandar em nós e o “Eme” assumiu as rédeas do poder já lá vão mais de 37 anos, ao que parece com a promessa de não mais as largar.
Passarei seguidamente a mencionar alguns nomes que a minha memória conseguiu juntar para ilustrar esta participação das pessoas com quem cresci, na governação do país aos mais diferentes níveis e nas várias épocas que a história do pós-independência tem conhecido.
Assim e de forma aleatória, entre os que estão e os que já passaram pelo poder, cito os nomes do Tininho(Aldemiro), Toninho Van-duném, Rui Mangueira, Exalgina Gamboa, o Gustavo Conceição, o Tany Narciso, Nanducho (Mussolo).
Por razões factuais considero que a Vila-Alice tem uma relação muito estreita/determinante com a história recente deste país, pois foi no seu território onde o MPLA criou o seu primeiro quartel-general na Rua João de Almeida, após o 25 de Abril de 74 e onde a República Popular foi proclamada, a 11 de Novembro de 75 por Agostinho Neto.
Muitos outros factos poderiam ser aqui chamados a colação para ilustrar melhor esta importância que eu por minha conta e risco atribuo a Vila-Alice no contexto nacional.
(Este texto foi publicado na última edição da "Revista Vida" do semanário "O País")


segunda-feira, 16 de julho de 2012

A renda resolúvel e as cidades fantasmas

Este texto foi publicado na última edição da Revista Vida do semanário "O País", onde assino a coluna "Secos e Molhados", a mais recente iniciativa editorial da minha lavra de palavras, letras e ideias
H
á mais de 50 anos o Boletim Oficial da então Província de Angola publicou um documento do “Fundo das Casas Económicas”, assinado pelo Presidente da sua Comissão Administrativa, Amadeu de Bettencourt Reys onde se fazia referência a um despacho do “Excelentíssimo Secretário Provincial” que tinha a data de 31 de Dezembro de 1960. 
Este despacho continha a “lista dos candidatos admitidos definitivamente para efeito de distribuição de moradias de renda económica” ao abrigo das políticas públicas com que Portugal colonial tentava colmatar algumas das assimetrias criadas pelo seu colonialismo absorvendo parte das populações africanas.
Uma parte, diga-se, muito insignificante para o conjunto imenso dos excluídos dos musseques.
Tratava-se de uma lista bastante “misturada” de 89 pessoas, basicamente funcionários públicos, cujos rendimentos do agregado familiar estavam compreendidos entre um mínimo de 1.100 escudos e um máximo de 5 mil. Nesta lista na posição 16, figurava o nome do meu já falecido pai, José Augusto da Silva, tb conhecido por “Zé da Missão”.
O 16-R viria a ser o número da querida casa dos meus pais na Rua Alda Lara/Bairro Económico Dr. Manuel Figueira, localizado na Vila-Alice onde fui viver com pouco mais 4 anos de idade saído do Morro da Maianga.
Foi lá onde cresci e me fiz pessoa ao lado de muito boa gente, alguns dos quais hoje podem e mandam neste país.
O primeiro contrato de arrendamento que o meu pai celebrou em 1961 com o Fundo das Casas Económicas foi de 700 escudos por mês, tendo depois sido “reajustado” para 800.
Esta vim a saber depois era a tal renda resolúvel para ser paga por um período de 20 anos, findo o qual a casa passaria para o nome do meu pai, o que aconteceu já na vigência da República Popular de Angola, pois o tal Fundo bazou com o fim do regime colonial.
Fui ao baú das minhas recordações e dos meus papéis velhos buscar esta memória estimulado pelos desencontros que estão a ocorrer nos dias que passam com a gestão do novo património habitacional que o Estado angolano está a edificar e que tem nas publicitadas centralidades, entenda-se cidades, as suas estrelas mais reluzentes e… polémicas, onde o destaque vai, naturalmente, para a cidade do Kilamba.
De facto não se percebe que quando o Governo tem tudo e mais alguma coisa para brilhar, retirando todos os merecidos dividendos políticos do investimento, acabe por escorregar no seu próprio pavimento por questões meramente administrativas para não entrarmos noutros pormenores de bastidores.
Sabe-se, contudo, que estas “derrapagens” acontecem muitas vezes como resultado de um “modelo” mais atípico de gestão da coisa pública onde são fáceis de observar estranhos conflitos de interesses particulares que não deviam prevalecer, mas que acabam por impor o seu “diktat”.
Salvaguardadas as devidas distâncias, não tenho muitas dificuldades em afirmar que o Governo colonial tinha uma visão muito mais clara da política habitacional que promoveu em Angola a partir de meados da década de 50. 




Não tenho igualmente dificuldades em aconselhar quem de direito a estudar esta experiência e a aplicá-la com as necessárias adaptações na Angola dos nossos sonhos, na Angola em que todos queremos acreditar, mas ainda temos muitas dúvidas, exactamente por causa de certas políticas públicas, que mais parecem do domínio privado.
Custou-me nos últimos dias ler algures na Net que Angola é o primeiro país africano onde foi construída uma cidade fantasma, numa referência directa ao que se está a passar com a cidade do Kilamba, tendo como pano de fundo a ocorrência deste tipo de “fenómeno” na China, na Europa e nos Estados Unidos.
“O síndroma da cidade-fantasma ataca África”, pode ler-se a dada altura na referida matéria escrita em francês e ilustrada com um vídeo do gigantesco projecto com que o Governo promove actualmente a sua imagem particularmente junto dos visitantes estrangeiros que têm passado por cá nos últimos meses.
Na China há colossais cidades fantasmas que estão construídas há mais de cinco anos e ainda não conseguirem preencher com pessoas/famílias nenhuma das centenas de torres que lá foram edificadas.
Como é evidente, não nos passa pela cabeça (nem em sonhos/ pesadelos) que tal venha a acontecer em Angola, sobretudo agora depois de termos começado a ouvir falar de outras soluções como o arrendamento e a famosa renda resolúvel.
A tal renda com que o colonialismo português decidiu há mais de 50 anos “oferecer” uma casa à minha família, que conservamos até aos dias de hoje numa das zonas mais seguras e simpáticas da nossa cada vez mais turbulenta capital. Curiosamente trata-se de um extraordinário bairro de onde saíram vários jovens que foram parar às cadeias da PIDE/DGS pela sua activa militância anti-colonial, tema para uma próxima crónica.
É preciso, contudo, andar-se mais rápido e definir-se claramente o que se pretende de uma vez por todas com a política habitacional do Estado, depois desta primeira etapa que não está a correr muito bem.
É que para além do Kilamba há outras centralidades que se preparam para entrar muito proximamente no “barulho”, que deste modo se pode tornar ensurdecedor.

sábado, 14 de julho de 2012

A estratégia habitacional em debate (facebook)

Angola já é conhecida internacionalmente como o primeiro país africano onde foi construída uma "cidade fantasma".Não é, certamente, um elogio esta constatação.
Depois do Kilamba a próxima "cidade fantasma" a sair do armário é a da Funda.
Segundo me disseram é maior que a primeira... 

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Reginaldo Silva O problema desta intervenção massiva do governo na resolução do problema habitacional que é bem vinda acontece a jusante onde tudo se complica. Se de facto a intenção do governo é positiva a solução é a renda resolúvel. Foi assim que o meu pai comprou a sua casa no tempo colonial. O governo só deve investir em habitação social.
Com as rendas resolúveis também se pode criar um vigoroso fundo de fomento habitacional, desde que não seja gerido pelos "rapazes do costume". Não há necessidade de meter os bancos/financiamentos neste "barulho". O dinheiro é nosso, as casas são nossas, qual é o problema?



Marina Rosarinho Paiva Falou bem!Reginaldo Silva o problema e' que eles querem "meter mais umas massas "no bolso e ainda por cima "fazer bonito" ;)‎;) Yah, o bolso dos "camaradas"


Jenuino Roque Há uma semana fui dar uma volta com meus filhos à cidade do Kilamba. Estava tão vazia que a de 8 anos perguntou-me se alguém vivia nela! Mas indo a questão, acho que é de louvar a intenção do governo investir na ramo habitacional. só não prudente o governo fazer disto um negócio pois como todos sabemos, não se fazem ricos ou pelo menos não se cria uma classe média em pouco mais de dez anos de PAZ. Logo, é loucura cobrar num projecto de estado, valores como os do Kilamba. Resolver os problemas do povo sim. mas sem pensar em enriquecer "o governo" empobrecendo cada vez mais o povo.



Jose Vieira Aqui vai a minha opinião em termos de resolução do parque habitacional em Angola a curto prazo! Esta opinião é baseada na experiência que acompanhei nos Açores nos idos anos de 1980 em que pela 1º vez assisti a um sismo de magnitude 7.4 na escala de Richter. 3 ilhas ficaram parcialmente destruídas! Criou-se um gabinete de reconstrução! As casas foram reconstruídas pelos proprietários (chamou-se auto-construção) mediante apoios governamentais na doação de alguns materiais, juros comparticipados pelo Estado, facilidades a contornar a burocracia, etc...Ao fim de 10 anos estava tudo reconstruído e hoje os Açores detêm o melhor parque habitacional de Portugal! Já agora acrescento com alguma vaidade que quem veio de Lisboa dirigir este gabinete foi o eng. Pessanha Viegas que foi o último governador do Cunene do tempo colonial, vivia no Lubango e esteve segundo consta no projecto da Serra da Leba. E é aqui que julgo que esta experiência interessa muito a Angola que precisa de casas, casas, casas...e deve-se aproveitar as boas experiências sejam elas donde forem! Angola só terá um parque habitacional que satisfaça as necessidades do cidadão angolano quando o governo acabar com a mentalidade comunista e com o objectivo de dominarem tudo, não fazem nada! Um programa de auto-construção em Angola daria azo a um boom na construção civil onde seriam os privados a satisfazerem as necessidades e os cidadãos é que escolheriam o lugar, o tipo de casa, etc, consoante a sua bolsa e a sua necessidade. A participação do governo seria na bonificação dos juros para habitação, doação de alguns materiais de construção, e a organização das cidades, fornecimento das estruturas de saneamento, energia e água. Só! Mas este só...é o suficiente para resolver uma crise habitacional que eles nunca serão capazes de resolver se continuarem a inventar, sempre com o objectivo de ter na mão o poder de controlar, dominar, determinar! E outra questão não menos importante são as eleições autárquicas! Sem o poder local, também não se irá muito longe, vamos ter sempre do mesmo!



Tony Henriques Silva Caro Paulo Makindi assim acabo por fugir mesmo rsrsrsrsrs. Para mim em quase tudo é importante não perder o focos da questão que está a ser discutida, os paralelos são sempre bons mais retiram como já tinha dito a pertinência das abordagens. Recuando a proposta feita por si de se mobilizar um painel de expertos na matéria dentro dos profissionais da comunicação Social se este for o caso qual então o significado do encontro neste espaço do FB das nossas opiniões? Será que é para unicamente cada um de nós atirar uma pedra ou fazer um rabisco no mural do Reginaldo Silva. Será esta a sua função ? Todos nós temos uma agenda logo perceber a sua sobre um assunto tão importante como este é tão interessante como entender a dimensão dos nossos problemas e de como eles podem ser resolvidos. Remete-los sempre para que algúem os resolva ou pense por nós iliba-nos momentaneamente mas no final Angolanos somos todos.



Joao Quipipa A(s) cidade(s) serão habitadas....é preciso ajustar o ritmo de construção ao de adesão com as soluções propostas (arrendamento, renda resoluvel, venda a vista, etc...). Agora, aquilo não tem como custar zero. Seja qual for o preço todos cuja capacidade não permitir não vão ter acesso as habitações. Imaginem, para rendas de $400 a família ter de ter renda de $1.200,0...quantos reúnem tais condições? E existiram opções noutras cidades para rendas menores...é o que espero que venha a acontecer. A cidade ainda não ocupação significativa, mas há gente que já tem casa lá e ainda não se mudou por outros motivos (ano lectivo a meio, equacionar custos com a mudança de residência, etc....sei que irão para lá).
 Mas há outras questões que se levantam, além do preço dos imóveis: terão as pessoas capacidade para suportar os custos associados ao kilamba (outras cidades) que se traduzirão em taxas de condomínio e afins?
E há pessoas cuja renda não permite viver naquelas cidades mas o desejo é enorme. Há gente que já lá comprou mas ainda pensa quando se vai mudar (ano lectivo a meio, custos da mudança, etc...)
Será que tais cidades ainda não registam ocupação significativa apenas pelo seu custo (considerando soluções recentes para maior adesão do público)?
Acredito que o Reginal mesmo sendo oferecida a custo zero não se mudava para lá.....há outros encargos a considerar.....


Reginaldo Silva Quipipa eu falei em renda resolúvel, onde se incluem outros custos, como a taxa de condomínio.
Que eu saiba as rendas são pagas em dinheiro...
Nunca defendi nem defenderei qualquer solução parecida com o custo zero...



Paulo Makindi Caro Tony Henriques Silva, se bem me recordo, pedi-lhe desculpas, pois não? Ou também tenho que lhe bajular? Se quiser também posso fazê-lo. A final, todos nós fazemos, pois não? A lei do regime assim nós impôs. Mas, mano...sejamos objectivos.
O Facebook é apenas um dos muitos canais que se pode fazer tamanha abordagem. Mas, lembre-se, caro amigo - desculpa a ousadia, não kero desrespeitá-lo, que o Facebook é inacessível ao comuns dos mortais dos angolanos. Ademais, a abordagem no facebook é quase informal e, um fórum formal e mais padronizado, tal como na televisão, rádio, jornais, e outros meios afins, seria o recomendável. O Facebook seria o começo, mas não o fim, penso eu. Por outro lado, por saber que a questão da habitação é complexa, haverá muitos factores essenciais a este debate em que teria dificuldades em abordá-los ou ignoraria-os por completo. Qual é a percentagem da população angolano sem casa própria, por exmplo? Qual seria o modelo habitacional mais adequado - sistema de renda ou de propriedade - para a nossa realidade? Devido o custo de vida dos angolanos, qual seria o mais apropriado modelo de pagamentos? Porque razão no nosso país tem sido o Executivo a tomar porte dos projectos habitacionais em deterimento dos privados - quanto mais não seja, muitas das vezes confudi-se um ao outro - quando nos outros paises é o inverso? Por exemplo, o José Vieria expos um exemplo de reconstrução nos Açores. Por que que Angola não pode ter um plano semelhante apropriado a nossa realidade socio-económica? Qual tem sido a experiência de outros países que tiveram a mesma situação do qual Angola passa? Seria ali que os experts dariam uma lufada de ar fresco. Parece-me que a comunicação social tem um plataforma mais apropriada para solidifizar e aprofundar com perspicácia as diferentes latitudes deste tema.



Tony Henriques Silva Agora Sim este seu ultimo comentário abre-me espaço para eu puder responder Paulo Makindi, em meu entender podemos sempre apresnetar exemplos mas será que paramos na abordagem de um determinado problema mostrando um exemplo de solução ao olhando primeiro para as nossas váriaveis. Pelo que me parece na nossa equação neste caso concreto da habitação entrariam muitas variáveis logo falar sobre este tema sem se tocar nelas é bastante superficial ou não acha? Partir do principio que quando tentamos fazer logo a partida esteja mal sem contudo apresentar nada de concreto como alternativa é como se tentassemos aprender a andar enquanto pequenos e aparece um adulto e diz logo não vais conseguir.

Reginaldo Silva Acho que no caso de Angola é um perfeito disparate o Estado estar a investir na construção de prédios de 17 andares para efeitos de habitação.Um edifício com esta dimensão é prejuízo garantido a médio prazo. O Estado, repito, só tem de se preocupar com a habitação social e este tipo de habitação não se pode resumir aos zangus e a outras "agressões" do tipo "casa evolutiva"..



Miguel Malanga Kota, Reginaldo Silva, Não tive a oportunidade de ler o tal artigo no Jornal de Angola que muito boa gente faz referência, mas vamos aos factos: Segundo um responsável sénior da DELTA imobiliária, apenas 200 apartamentos foram/estão vendidos, e ele mesmo não soube dizer se todos os 200 apartamentos estão habitados, a DELTA diz ainda que, não foi constatar em loco, se todos os 200 apartamentos foram/estão a ser ocupados. Quem conhece o Kilamba na sua plenitude, sabe que 200 apartamentos e sem garantias de que estão todos a serem habitados é muito pouco. Ai ter sentido a brincadeira de “Cidade Fantasma”. Agora, é facto também que, mesmo atrasado o EXECUTIVO reagiu, parece que há um “Decreto Presidencial” em que se determina a renda dos apartamentos em dois moldes; 1º Renda normal, 2º Renda resolúvel, mas em que moldes? Está resposta teremos que aguardar/esperar, e ai opinarmos. Parece que se encontrou uma fórmula para salvar o Kilamba, se é verdade ou não, haver vamos.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Jornal de Angola "abre" as suas páginas à oposição

O Director do JA, José Ribeiro (JR), convidou este mês todos os políticos a usarem as páginas do seu matutino para difundirem as suas opiniões, desde que o façam de "maneira responsável". Tentarei proximamente descodificar esta ameaça velada.
Acho que muito poucos deram conta deste "convite", que se segundo José Ribeiro já foi feito noutras ocasiões.
Aqui está uma oportunidade para os políticos angolanos endereçarem ao "nosso Pravda" os seus discursos e conferências de imprensa em versão condensada para a publicação nas suas páginas de opinião.
JR tem agora que informar os seus potenciais novos clientes sobre o tamanho dos textos para evitar outros transtornos.
Antes de mais, os que ainda não o fizeram, gostaria que lessem com atenção mais esta pérola saída da pena de José Ribeiro.
http://jornaldeangola.sapo.ao/19/46/compromisso_com_o_jornalismo_e_a_cidadania 
Sou dos jornalistas que JR convidou pessoalmente para escrever para o Jornal de Angola quando assumiu a sua direcção, já lá vão uns quatro anos, tendo inclusivamente assinado um contrato para os devidos efeitos.
Tempos depois fui forçado a desistir desta colaboração porque JR pura e simplesmente não respondia a nenhum contacto meu.



quarta-feira, 11 de julho de 2012

Em perspectiva novas alianças eleitorais

O texto que se segue foi publicado sexta-feira (6/7/12) na última edição do semanário "O Sol"/Angola onde desde Abril deste ano assino uma coluna semanal.

Com alguns recursos ainda pendentes, o país já sabe com quem vai a votos no próximo dia 31 de Agosto, após os acórdãos de admissão e rejeição divulgados segunda-feira última pelo Tribunal Constitucional (TC).
Todos os partidos que têm assento parlamentar (MPLA, UNITA, PRS, FNLA e ND-Coligação Eleitoral) vão continuar a disputar as simpatias políticas angolanas, o que quer dizer que viram as suas candidaturas aprovadas pelo Tribunal Constitucional.
Entre os novos que surgem na corrida, o destaque vai, certamente, para a coligação CASA, liderada pelo dissidente da UNITA, Abel Chivukuvuku, que é coadjuvado por um Almirante das FAA que passou muito recentemente à reforma e que atende pelo nome de André Mendes de Carvalho, também conhecido por Miau e que é filho mais velho de um emblemático militante da velha guarda do MPLA.
Interessante nesta altura e diante da impossibilidade do Bloco Democrático (BD) de Justino Pinto de Andrade/Filomeno Vieira Lopes e do Partido Popular de David Mendes conseguirem passar pelo crivo do TC, depois do primeiro chumbo, é tentar saber a quem é que eles vão apoiar, caso se confirme em definitivo o seu afastamento da corrida, como tudo leva a crer.
Neste âmbito podemos incluir a FNLA do “proscrito” Ngola Kabangu, pois em definitivo ainda não se sabe qual será a sua última palavra, depois de o termos ouvido proclamar alto e em bom som a sua intenção de em circunstância desistir da luta como legítimo Presidente da organização fundada por Holden Roberto.
A CASA-CE perfila-se assim no horizonte, que é já dentro de um mês, como  uma potencial alternativa, para grande parte daqueles que viram as suas candidaturas chumbadas pelo Tribunal Constitucional, orientarem o voto dos seus apoiantes.
É pois com bastante expectativa que aguardamos pela próxima etapa do processo eleitoral angolano, quando começarem as negociações pré-eleitorais, caso elas venham a ter lugar conforme é nossa previsão no âmbito dos inevitáveis realinhamentos.
No que toca ao BD, que é a formação que eu tenho acompanhado mais de perto e conheço melhor, sinceramente não estou a ver para os seus líderes uma outra alternativa que não seja a CASA-CE, na hora de reorientarem o voto dos seus militantes, simpatizantes e amigos.
Apresenta-se assim como sendo bastante auspicioso para as ambições de Chivukuvuku e dos seus companheiros de coligação, o cenário da CASA-CE poder vir a aglutinar a maior parte dos apoios que estarão disponíveis, como resultado dos chumbos aplicados pelo Tribunal Constitucional.
Com esta aliança mais alargada, a CASA ganhará certamente outras possibilidades, embora se diga que a sua base eleitoral é fundamentalmente aquela que Chivukukvuku tem estado a “desviar” da UNITA e pouco mais.
Como a surpresa e a política são companheiras antigas, acho que ainda é cedo para, em termos de estimativas, se traçar um quadro mais definitivo em relação ao que será a nossa provável geografia eleitoral.
As próximas duas semanas serão certamente decisivas para este tipo de exercício futurista que todos já começaram a fazer.

Depois da sua primeira conferência imprensa, é caso para dizer que o Almirante Miau partiu uma boa parte da louça que se encontrava na cristaleira rubro-negra.
 Não houve, contudo, grandes novidades, isto é, Mendes de Carvalho não disse nada que já não fosse do domínio público. A novidade se quisermos tem a ver com a ruptura frontal, com o abraçar de uma nova causa.
Habituados que estamos no nosso "mercado político" a ver apenas pessoas a saírem de uma determinada família/sensibilidade para outra, isto é da UNITA para o MPLA, esta "transferência" do Almirante para além de outras leituras possíveis, transmite-nos alguma confiança no presente e no futuro do processo em curso, que continua a ter na plena democratização do país o seu grande objectivo, que ainda está muito longe de ser alcançado.
Sabemos que o medo político em Angola é estimulado no silêncio dos corredores/gabinetes e continua a condicionar em muito a intervenção individual e colectiva, com o receio da retaliação e de outras consequências menos simpáticas para as nossas vidas.
São pois de saudar vivamente todos os gestos e iniciativas que ajudem a quebrar e a rasgar a cortina do medo, do silêncio e da autocensura que ainda paira sobre a sociedade angolana.
Em democracia o primeiro compromisso das pessoas deve ser com a Constituição quando esta não viola a nossa consciência, por quando isto acontece, já são várias as constituições que consagram a clausula da objecção de consciência.
Estamos a verberar, nomeadamente, do medo do poder absoluto e sobretudo o medo de discordar em público com o discurso dos seus mais altos representantes, como se de entidades divinas se tratassem.
É neste sentido que, independentemente do seu conteúdo, gostaríamos de fazer uma leitura muito positiva do gesto do Almirante Miau, como sendo um grande contributo para a democratização do país, pois confere confiança aos cidadãos, tendo em conta a elevada patente que o cidadão Mendes de Carvalho ostentou durante a sua carreira militar.
O direito de oposição está consagrado na nossa Constituição para ser exercido a todo o tempo.
O Almirante Miau deu por finda a sua carreira militar e assumiu claramente um projecto politico-partidário que é oposição ao actual poder do MPLA e do seu Presidente.

quinta-feira, 5 de julho de 2012


Debate: Passagens para peões


A Ecclésia promoveu esta quarta-feira um debate interactivo com os ouvintes sobre a utilização das passagens para peões em Luanda
A minha conclusão: Há muito poucas ou quase nenhumas. As estradas estão a ser feitas a pensar apenas nas viaturas.
Depois é que se fazem as passagens se começar a morrer muita gente.
O debate deveria ser sobre o tipo de projecto (estrada) que está a ser construído em Luanda, tendo como referência as chamadas vias estruturantes.

Domingo Francisco Silva Leitinho ESTOU PLENAMENTE DE ACORDO CONSIGO, CAMARADA REGINALDO. FALTA PASASGEM PARA PEÕES.



Jose Sebastiao REFORÇO DIZENDO AS POUCAS QUE EXISTEM SAO SUB APROVEITADAS OU NAO HA CULTURA DE UTILIZAÇAO, UM DOS EXEMPLOS É A PONTE PROXIMA AO JUMBO. FIQUEI HORRORIZADO COM O CHEIRO NAUZEABUNDO QUE SENTI!



Marina Rosarinho Paiva De facto foi uma coisa que me saltou a vista,as estradas em Angola sao apenas a pensar, e mal, nas viaturas, e segundo noticias dadas na propria TPA Angola e' o terceiro pais com mais sinistralidade nas estradas.Mas segundo a mesma TPA Angola FAZ.....hummm que sera' que faz?A razia do povo angolano?Por esse andar como ja' nao temos guerra para dizimar o povo temos as estradas para acabar com o servico.



Amorozo Miguel Concordo com a sua conclusão Kota Regí, é a realidade que os projectistas destas obras, planos, projectos, esquecem. Primeiro pensam no Betão, depois é que nas pessoas ( consequências).



Carlos Roque Por algum motivo a Deolinda Rodrigues tem o maior índice de mortalidade de peões... quem conduz ali tem de ter 50 olhos... e à noite então... e os pobres peões? os carros nunca param...

Reginaldo Silva Eu acho que em vez de vias estruturantes, seria mais apropriado chamar-lhes vias experimentais, pois o projecto nunca está completo...

António Francisco Venâncio Sugeri publicamente que promovessemos um debate serio sobre as estradas no pais, e me parece que podera acontecer um dia, mas envolvendo os quadros nacionais que possam se expressar sem receios infundados! Infelizemnete ainda temos alguns dos nossos que nao reconhecem as mudancas havidas na nossa liberdade de expressao e preferem calar-se ou apoiar de olhos fechados...



Osvaldo A Inácio On the money, Reginaldo Silva! Passo todos os dias por algumas das ditas vias estruturantes... Sao ainda mais perigosas ah noite, totalmente escuras, nao ha farois que aguentem... Daqui a pouco os peoes vao ter de utilizar coletes reflectores para atravessar as estradas...


Machado Mendes Eu acompanhei o debate e achei interessante pelo nível de participação dos ouvintes, ouvintes que estiveram no geral muito bem porém, não sei se é impressão minha ou não mas, sinto que o Manuel Viera (que para mim já foi dos melhores moderadores que eu conheci enquanto ouvinte e participante ouvinte de diversos programas radiofónicos), ficou um pouco a dever em termos de exploração do próprio tema mesmo quando alguns ouvintes apontassem outros elementos de reflexão porque senão vejamos um pequeno exemplo: Um dos ouvintes disse, "As pessoas que vendem nestas passagens aérias tem a plena consciência de que é errado vender nestes locais, mas só lá vam porque lá há maior fluxo de população e lhes tiraram os mercados". Um outro disse a questão das passadeiras aérias em Angola é um caso novo, então como é que se educam as pessoas no sentido de fazerem melhor uso destes locais? Enfim falou-se de colocação delas em locais inapropriados e noutros casos em falta delas... Penso que se podia explorar melhor o tema e teriamos um debate mais inclusivo e proveitoso em termos de resultados para qual o tema foi proposto.



Armando Gonçalves Jorge Na verdade constroem-se as estradas pensando nos carros. Do aeroporto a gamek só temos duas passagens superiores duas ou três passadeiras de peões para uma extensão de quase 5km. Na estrada de catete até viana mesma coisa, na estrada de cacuaco idem. E isso sem falar as bandas de mudanças de sentido que são verdadeiras paredes no meio das estradas. Tá tud paiado com com este MPLA/JES grande cota

terça-feira, 3 de julho de 2012

Previsões para a próxima semana...



Depois das primeiras chuvas meio ácidas produzidas pelo "observatório" do Tribunal Constitucional e enquanto se aguarda pela tempestade anunciada por David Mendes do PP, não são muitas possibilidades do BD e do PP ganharem os recursos.
Caso se confirmem as decisões já tomadas pelo TC, o nosso observatório aponta para o surgimento de uma CASA ainda maior, pois não estamos a ver onde é que o BD e o PP se vão "refugiar".
Assim em vez de termos uma CASA poderemos vir a ter um BAIRRO...