sexta-feira, 21 de agosto de 2009

(Flashback-Agosto 2007)- Os angolanos sempre foram bons no basquetebol

Esta história de sucesso é mais antiga que o país. A fama do basquetebol angolano não nasceu com a independência. Nem pouco mais ou menos. Vem de longe. A nossa relação vantajosa com a bola ao cesto terá começado bem no início da década de 60, salvo erro. Antes da República Popular ser implantada neste território, os angolanos, quando ainda éramos todos portugueses do Minho ao Timor, segundo o “camarada” Oliveira Salazar, já eram de facto bons “pra caraças” a jogar basquetebol. Os títulos provinciais e nacionais conquistados pela minha muito famosa equipa do Vila Clotilde são a demonstração do nosso domínio desta modalidade que tem sido aquela que actualmente mais glórias africanas tem trazido ao país. Só é pena que na base deste edifício, continuemos a ter uma competição tão raquítica, tão pouco desenvolvida para todo este ouro que os seniores masculinos têm conseguido ao nível das diferentes disputas continentais. Esperemos pois que, com as novas infra-estruturas que o país acaba de edificar para albergar este Afrobasket, ganhe sobretudo a competição interna dos escalões mais jovens. É aí que está a solução em termos de futuro, em termos de continuidade de uma modalidade que tanto tem contribuído para a elevação do orgulho nacional. Habituados a frequentar as listas internacionais das desgraças nos lugares mais deprimentes, os angolanos “desforram-se” de tanta humilhação com o basquetebol. Para já apenas em Africa, mas lá chegará o dia em que as nossas ambições vão certamente subir outros pódiuns bens mais internacionais. Já emitimos sinais muito claros que pelo menos no basquetebol o nosso limite agora é o céu. Para recordar os velhos e gloriosos tempos do basquetebol angolano fomos descobrir algures na Internet uma preciosa selecção de fotografias no blog Sanzalangola (verdadeiras relíquias), que, com a devida vénia, deixamos aqui à vossa consideração. Esperemos que os donos das fotografias não nos processem por alguma violação dos direitos de autor, mas de facto não resistimos a esta tentação por ocasião de mais uma edição do Afrobasket num país que tem conhecidos e gravíssimos problemas de memória.