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Movimentos como os “Indignados” e “Ocupem Wall Street” falam bem deste cansaço, desta saturação, desta revolta, com o discurso dos políticos ou com a própria política mais convencional.
Esta deslocação das atenções da opinião pública e publicada para a pessoa que faz o discurso é cada vez mais evidente, a traduzir as novas exigências que estão a estruturar a abordagem do fenómeno político.
Uma abordagem que está a ser assumida por parte de todos aqueles que já não querem ser o mais o objecto do discurso, pois também exigem ser protagonistas, um protagonismo que lhes continua a ser negado pelos sistemas representativos."
O discurso e a política - Morro da Maianga