Socorro-me aqui de um dos comentaristas anónimos deste blog para referir que,"PEP quer dizer Politically Exposed Person (entidades com exposição politica, como empresas públicas, também são consideradas). Não é crime ser PEP, crime é ser um PEP criminoso. As entidades com exposição política representam um potencial de corrupção e por esta razão o sistema financeiro deve estabelecer uma relação mais cuidada, com mais perguntas na presença de transações suspeitas para eliminar a possibilidade de lavagem de dinheiro. Para vossa informação, todos os senadores americanos são por definição PEP e os bancos têm um tratamento especial na relação que mantêm com eles."
Com esta explicação do meu anónimo comentarista, ficou ainda mais claro que, conforme já tinha referido, as preocupações dos inspectores norte-americanos estão direccionadas para a Sonangol, de quem pouco sabem e sobre quem tudo querem saber, ao abrigo do cada vez mais apertado sistema de controlo do mercado financeiro dos EUA, que começou a ser implementado a partir do 11 de Setembro.
O reconhecimento feito este ano pelo "boss" da Sonangol de que a sua corporação não tem contabilidade ao nível das exigências internacionais acaba por ser a cereja em cima de um bolo demasiado opaco para os desconfiados gostos da cada vez mais refinada transparência norte-americana em nome do combate à corrupção, narcotráfico e terrorismo.