Na abordagem anterior deste "dossier" destacámos a condição "tremida" com que CC saíu nesta fotografia, numa crítica aberta ao seu desempenho, que reiteramos aqui, pois continuamos convencidos que não foi dado a Caetano Júnior o direito de se defender, depois das graves acusações que lhe foram feitas e com as quais o Director do JA conseguiu convencer a Ministra a "baixar-lhe o pau" a cem por cento.
Compulsados os factos e o direito, diremos que de jure e apesar de Caetano Junior ter sido nomeado pelo anterior Ministro "em comissão de serviço", a lei limita as nomeações e demissões das direcções dos órgãos de comunicação social ao director geral e directores-adjuntos, como sendo uma competência da entidade proprietária da empresa.
CJ era até a semana passada subdirector, pelo que, quer a sua nomeação por Manuel Rabelais, quer agora a sua demissão por Carolina Cerqueira, não parecem ter o necessário respaldo legal, o que também já não é um novidade no nosso imberbe Estado de Direito.
No editorial que ontem subscreveu no JA, José Ribeiro aproveitou mais uma vez o privilegiado espaço público que controla para fazer a "defesa da sua dama", embora desta vez tenha evitado nomear os supostos "prevaricadores".
"O erro vive de mãos dadas com os jornalistas, por isso é que o rigor é um critério distintitivo do jornalismo. Errar no jornalismo pode criar gravíssimos problemas à sociedade ou pode ser apenas um fait-divers. Mas em qualquer caso, exige-se de todos os profissionais o exercício permanente de um grande rigôr, para reduzir a zero a margem de erro".
Nada a contestar nestas sábias "Palavra(s) do Director", que com elas apenas corre o sério risco de se engasgar, pois os erros do "nosso Pravda", com todos os bem pagos cooperantes que lá laboram, continuam a ser mais do que muitos.
No jornalismo há, seguramente, erros muito mais graves e lesivos do interesse público do que as inevitáveis e arreliadoras gralhas.
Mas se é com tais palavras que o Director pretende condenar algum erro mais concreto que terá sido cometido pelo "abatido" Caetano Junior, teremos que saber primeiro do que se tratou, embora já saibamos mais ou menos o que se passou.
Sabemos também que, verdadeiramente, não é este o seu "cavalo de batalha", embora tenha sido citado um "cavalo" que poderia ter surgido como nome de um ilustre visitante na sequência de um erro que foi detectado em tempo oportuno.
JR está preocupado em eliminar outros "erros" mais "subversivos", que têm a ver com a contestação interna que sua gestão editorial e pessoal tem estado a alimentar.
Nesta contestação ele acaba por ter o maior mérito.