segunda-feira, 12 de julho de 2010

Um exemplo para o INAC, MINARS, MINFAMU, UNICEF and WHATSOEVER (actualizado)

"No municipio do Sambizanga, em Luanda, uma família inteira está empenhada em confortar a vida de menores abandonados, acolhendo-os em sua própria casa. É a história de Alberta, da Mãe Margarida e dos seus mais de 100 filhos"- Tandala Francisco in "a Capital"-edição nº412(3/10 Julho de 2010). Esta história devia ser analisada por todas as instiuições nacionais e estrangeiras que dizem trabalhar em Angola a favor da criança. Projectos destes fazem muito mais pelas nossas crianças carentes do que as carradas de dinheiro gastas com a promoção de reuniões nacionais e internacionais sobre a situação da infância. Párem, pois, de gastar este dinheiro ou façam dele um melhor uso, direccionando-o para projectos como o desta mãe angolana que no Sambizanga faz das tripas um coração imenso a transbordar de amor quotidiano para próximo. O que é dificil mesmo é amarmos com gestos concretos as pessoas que estão já aqui ao nosso lado, como a Mãe dos 100 filhos anda há anos a fio a fazer, sem pedir em troca galardões ou menções honrosas. Estou, sinceramente, cansado de ver pessoas a resolver os seus problemas pessoais, e mesmo a enriquecer, com dinheiro público (nacional/estrangeiro) destinado a combater a pobreza em Angola, mas não só. As agências internacionais, com destaque para o UNICEF, têm que fazer melhor as contas para depois nos dizerem, exactamente, o que gastam e como gastam, para nós sabermos, concretamente, o que vai para as crianças carentes e o que fica com os "adultos". De outra forma, não estamos nada bem. É facto para mim e para muito boa gente que, efectivamente, a maior parte do dinheiro destinado aos programas de combate à pobreza "perde-se", com as mais diferentes despesas, nos bolsos dos "bons samaritanos", sejam eles nacionais ou estrangeiros. Daí o desafio aqui lançado para que nos apresentem as contas dos programas, de preferência devidamente auditadas, para que todos possamos participar deste escrutínio. De que adianta definir percentagens e metas, se depois ninguém nos dá conta dos respectivos balanços de execução. Como não sou nem pretendo ser diplomata, não posso aceitar esta realidade nebulosa e muito menos pactuar com ela. Se isto é pôr em causa o bom nome e a honra das instituições, então que me processem... ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: Anónimo disse... Só é pena não lembrar que esta (excelente) história foi publicada no Novo Jornal, ainda em 2009 (não me recordo a edição, mas com calma poderemos lá chegar). É apenas uma questão de justiça. Ah - e foi muito bem "esgalhada" pelo jornalista Sebastião Vemba. 13 de Julho de 2010 18:02 ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: Os conselhos do UNICEF para 2010: (...) O Governo deve promover adequada alocação orçamental para a criança e garantir que as estratégias de redução da pobreza e os planos de desenvolvimento nacional estejam centrados na criança. Agora mais do quenunca temos de ter a certeza que as crianças estão no topo da agenda dedesenvolvimento. (...) Os serviços sociais permanecem baixos, particularmente os serviços de saúde, o registo de nascimento, o acesso à água potável e ao saneamento. Apenas 35% das crianças angolanas completam o ensino primário na idade certa e 1 milhão de crianças continuam sem ter acesso ao ensino primário. Para além disso, a malnutrição crónica continua a afectar cerca de 40 % de crianças angolanas. UNICEF está a trabalhar com o Governo de Angola apoiando para analisar o orçamento do Estado concernente aos impactos para a criança, de forma a facilitar o mais efectivo uso das finanças públicas para as iniciativas sociais.