O problema é quando nos querem molhar com uma "chuva de canivetes", que não é bem aquela a que estamos habituados e que agora até nos anda a faltar, como resultado da "greve" que a mãe natureza anda a observar em algumas regiões do nosso país.
Desta vez um dos meus "vigilantes" no Facebook que atende pela falsa referência de "José Marcio Mario (JMM)" mandou-me trabalhar e chamou-me de vadio, entre outros "mimos" que terei de coleccionar na minha galeria de troféus, pois nem só de elogios se faz a vida, por sinal aqueles que tenho recebido em muito maior quantidade, quando comparados com os primeiros.
JMM que já me segue há algum tempo com bastante atenção, segundo reconheceu, anda muito irritado comigo, porque eu tenho a mania que sou provedor da comunicação social, depois de já me ter feito outras "advertências".
Felizmente nunca (ainda) recebi da sua parte nenhuma ameaça mais explícita, o que já não é mau para começar.
O seu último "ataque de caspa" ficou a dever-se a um ligeiro reparo feito por mim esta segunda-feira em relação ao conteúdo/tema escolhido para animar a primeira "Mesa Redonda" do Manhã Informativa.
Foi de facto uma explosão de impropérios* digna de uma crise sem precedentes, só entendível pelo meu reparo ter sido a gota de água que fez transbordar a intolerância/raiva do seu copo em relação à minha pessoa/ideias, que parece ter uma história que já leva alguns anos.
Com as considerações que se seguem, já publicadas no facebook, abordo aqui a problemática que causou tanta irritação ao JMM e que tem a ver com o estabelecimento de uma relação mais dinâmica entre os consumidores de informação que somos todos nós e os produtores da mesma, sobretudo quando eles têm responsabilidades públicas.
* Frustrado, básico, vagabundo, vadio, fracassado, amargurado e recalcado foram os "mimos" utilizados por JMM contra a minha pessoa, a fazer lembrar-me a maluquinha da internet que anda por aí com um dicionário de impropérios a vociferar contra tudo e contra todos.
Só espero que não tenha havido algum contágio mais viral entre os dois.
Como sou pessimista por natureza acho que este contágio já se consumou mesmo, tendo em conta os contactos que mantêm.
Como não quero mal a ninguém, só posso desejar aos dois votos de rápida recuperação se ainda houver tempo para tal, embora saiba que num dos casos, o mais grave, a situação já se tenha tornado irreversível.
- Caro Anónimo JMM, eu posso ser tudo o que bem entender, mas sou responsável pelas minhas afirmações e só posso discutir com alguém que esteja neste patamar.
Como o "JMM" está escondido num perfil falso, não me resta outra alternativa senão retirá-lo do meu mural, o que desde já lamento. Quando se decidir a assumir a sua identidade própria, estarei em condições então de lhe dar resposta. Assim não dá. Decidi há já algum tempo não responder aos "fantasmas" que povoam o FB, por razões óbvias.
Espero que compreenda as minhas razões, porque eu entendo perfeitamente as suas.
Até breve, espero bem...
- Aos "fantasmas" do FB:
É claro que eu respeito e aceito o direito ao anonimato, assunto pacífico e já arrumado há bastante tempo na minha galeria dos valores e recursos.
Não é este direito que está em causa nesta minha reacção as diatribes com que fui generosamente brindado pelo "JMM".
Com o que eu não posso pactuar é com a utilização deste direito para se promover a irresponsabilidade e os ataques/agressões pessoais.
Em causa, note-se, nas diatribes do "JMM", para além das ofensas, não estava uma única ideia passível de discussão mais séria.
Felizmente que o FB oferece-nos a todos a possibilidade de gerirmos da melhor forma este tipo de relacionamento. De forma educada.
Em relação ao conteúdo do post (1):
Eu também gostei do debate desta segunda-feira, a inaugurar um novo e promissor espaço semanal da programação informativa da RNA denominado "Mesa Redonda".
A razão de ser da "alfinetada" que tanto irritou o "JMM", tem a ver com o direito que os ouvintes da RNA também têm de se pronunciar sobre as escolhas/opções editoriais dos médias.
Confundir um blog (pessoal) com um meio de comunicação social público com a dimensão e as responsabilidades da RNA, sinceramente, acho que nem ao próprio Diabo lembraria.
Não se trata de interferir, mas tão somente de opinar, sendo através deste diálogo (se ele for produtivo e bem vindo) que o desempenho dos médias se pode aproximar mais das expectativas dos consumidores de informação que somos todos nós.
Em meu entender fazia muito mais sentido que a RNA inaugurasse o seu novo programa com uma "Mesa Redonda" sobre a crise que se instalou no processo eleitoral, porque é efectivamente o tema mais candente/premente/urgente da actualidade política nacional.
É só isso.
Em relação ao conteúdo do post (2)
Lamentavelmente ao nível da comunicação social ainda não temos entre nós a figura do provedor do leitor, do ouvinte ou do telespectador. Lembro-me que a única experiência neste âmbito foi feita há muitos anos no Jornal de Angola, tendo o referido papel sido desempenhado pelo saudoso David Mestre. Se bem me lembro, repito. Acho que na Rádio também já se fez uma experiência do género.
De facto já precisamos desta figura em todos os órgãos da comunicação social pública como sendo mais uma garantia da própria liberdade de imprensa e do seu carácter realmente público.
O Provedor "é quem analisa as queixas e sugestões enviadas pelos leitores e chama a atenção dos jornalistas para os seus deveres para com a sociedade e necessidade de humildade e atenção perante os leitores e suas críticas".(Gabriel Ferreira)