Como Angola é o único país do mundo que continua a assinalar esta data como tal, mais de 22 anos depois do Muro de Berlin ter sido derrubado e na impossibilidade de convencer os "teimosos do PT" a mudarem de ideias, sugiro que o 8 de Setembro seja reformulado e passe a ter esta "nova" roupagem, isto é passe a ser considerado como o "Dia Internacional do Jornalista Angolano" ou ainda como alguém me sugeriu no Facebook, o "Dia Internacional do Jornalista Nacional".
Defendi esta "ligeira" alteração no Semana em Actualidade em que participei este domingo, oportunidade para reflectir sobre as novas limitações que se estão a colocar ao direito de informação em Angola, desta feita de natureza mais física, como ficou demonstrado à saciedade com os últimos acontecimentos em Luanda na sequência dos violentos incidentes de rua protagonizados entre os jovens manifestantes e a polícia.
Na reacção a estes acontecimentos, o Sindicato dos Jornalistas Angolanos fez divulgar no passado dia 5 de Setembro o seguinte comunicado assinado pela sua Secretária-Geral, Luísa Rogério:
"O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) tomou conhecimento, com profunda preocupação, da agressão sofrida por alguns jornalistas de órgãos nacionais e estrangeiros que se encontravam a cobrir a manifestação realizada no último sábado, na Praça da Independência. O SJA repudia essa atitude perpetrada por elementos não identificados que resultaram na destruição dos meios de trabalho destes, entre os quais câmaras de filmagem e gravadores. O SJA recorda que os jornalistas encontravam-se em serviço e não eram actores, situação que não justifica a agressão de que foram vítimas. O SJA constata, com muita preocupação, a ausência de segurança para os jornalistas no exercício da sua profissão. Não obstante ter havido já manifestação de interesse da parte do sindicato para a realização de um encontro com os responsáveis do Ministério do Interior e do Comando Geral da Polícia Nacional, que não se concretizou, o SJA reitera total disponibilidade para com estas entidades voltar a encetar contactos no sentido de se melhorar a protecção dos jornalistas no exercício das suas funções."