quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A falência dos condomínios...

O gigantesco condominio fechado Cajueiro de Talatona é o próximo candidato a bairro aberto desta cidade, num processo de desanexação/ desagregação/degradação semelhante ao que aconteceu com o Nova Vida.

No Cajueiro já começa a faltar de tudo, com destaque para a luz e a água. Segue-se o saneamento e depois a segurança do condomínio.
É o principio do fim e o inicio do bairro...
O modelo condomínio fechado (apartheid social) é um grande negócio do pós-venda orientado para pessoas/clientes que têm dinheiro suficiente para pagar "renda" toda a vida, mesmo já sendo proprietários da sua casa. Definitivamente as pessoas não gostam de pagar a tal "renda".
E este tipo de "renda" que é o pagamento de um serviço como qualquer outro, está sempre a subir, num país que tem as taxas de inflação reais de Angola.
Sem o pagamento atempado desta "renda", não há serviço, não há condomínio fechado que resista.
Os condomínios com pessoas remediadas (média e média baixa) não resultam.
É o chamado luxo na miséria...
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Comentários (importados do facebook)
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Félix Matias Neto: O Mirantes de Talatona vai para o mesmo caminho. Acabou o conceito de todos por um e um por todos. Cada um vai comprar e colocar o seu gerador e suportar os custos de manutenção e combustível. Síndroma da EDEL que destapou as fragilidades financeiras dos condóminos para pagar os elevados custos da electricidade dos condomínios. Espera-se que outros condomínios virem "matongue"
Vasco Cristovao: Todos os condominios terão o mesmo fim ; porque não existe um sistema irteligado de esgotos. Os condominios têm fossas isoladas. Muito proximamente teremos lençois de agua salobra por tudo que é obra nova. O MPLA não é uma organização séria. Elles estão a perder as oportunidades de terem alguma consideração deste povo. isto dará Zebras.
Ailton Correia: E triste como um condomínio como Mirantes que tem 3 geradores que ultimamente tem deixados os moradores sem luz e, que pagam as suas as quotas não são respeitados ... Por caso vendi um gerador de 60 kvas a dias a um morador deste condomínio.
Artur Graça Cussendala: É um problema cultural, o angolano no seu todo do pobretão ao rico ainda não encarnaram ainda a vida semi-fechada dos condomínios com seus padrões de exigências e seus coimas. O angolano tem a mania de se meter na vida alheia, falar, tocar musica mais alta do que os vizinhos e mostrar-se que o mais+mais do pedaço. É assim nos condomínios fechados e “abertos”.
Helder Mandinuto: Estes projectos requerem gestao consistente e consequente para nao terminarem degradados e desprovidos de toda a sua infrastrutura. O projecto deve ser gerido como um negocio que se quer sustentavel. Doutro jeito, acabara como os predios antigos que se vao desintegrando por falta de manutencao.
Raimundo Salvador: Conheço um senhor aposentado da Sonangol que disse que não está para pagar cerca de 500 USD/mês de condomínio. considera um roubo e é quase como se estivesse a pagar uma renda, por uma casa que já comprou, através da Cooperativa da empresa, há mais de cinco anos. Tem razão. Esta coisa de aplicar em Angola os modelos de exclusão do Brasil, dá nisso.
 
(leia outras opiniões sobre esta maka em
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