Que tipo de RNA e TPA teremos agora depois do tsunami que abalou profundamente as suas direcções no âmbito da "Operação Restauro 2" é que ficaremos a saber dentro dos próximos tempos.
Em termos mais políticos se quisermos e tendo em conta a composição dos novos Conselhos de Administração, há claramente nesta movimentação um regresso ao passado, isto é, à gestão anterior a de Carolina Cerqueira, que está agora sem saber muito bem o que fazer, enquanto Ministra da tutela, de tão abalada que foi a sua autoridade, para não utilizarmos outros termos mais próximos da realidade.
O que é facto é que, em termos editoriais, a gestão dos dois principais médias do país nunca tinha descido tão baixo, nunca tinha sido tão fechada, tão censurada e tão contrária aos próprios princípios fundamentais que devem nortear o desempenho do serviço público.
Com as eleições à porta, a RNA e a TPA já são o principal alvo das críticas de todos aqueles que acham que não há o mínimo de igualdade/imparcialidade no tratamento dos partidos que se preparam para concorrer.
Como é evidente e até provas em contrário não acredito que este tsunami venha a produzir a tão desejada quanto urgente mudança.
Como gostaria de acreditar que "estas nomeações visam a melhoria da qualidade do trabalho e sobretudo garantir melhor pluralidade e objectividade aos referidos órgãos." (sic)
Fala sério!