Angola já é conhecida internacionalmente como o primeiro país africano onde foi construída uma "cidade fantasma".Não é, certamente, um elogio esta constatação.
Depois do Kilamba a próxima "cidade fantasma" a sair do armário é a da Funda.
Segundo me disseram é maior que a primeira...
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Reginaldo Silva O problema desta intervenção massiva do governo na resolução do problema habitacional que é bem vinda acontece a jusante onde tudo se complica. Se de facto a intenção do governo é positiva a solução é a renda resolúvel. Foi assim que o meu pai comprou a sua casa no tempo colonial. O governo só deve investir em habitação social.
Com as rendas resolúveis também se pode criar um vigoroso fundo de fomento habitacional, desde que não seja gerido pelos "rapazes do costume". Não há necessidade de meter os bancos/financiamentos neste "barulho". O dinheiro é nosso, as casas são nossas, qual é o problema?
Marina Rosarinho Paiva Falou bem!Reginaldo Silva o problema e' que eles querem "meter mais umas massas "no bolso e ainda por cima "fazer bonito" ;);) Yah, o bolso dos "camaradas"
Jenuino Roque Há uma semana fui dar uma volta com meus filhos à cidade do Kilamba. Estava tão vazia que a de 8 anos perguntou-me se alguém vivia nela! Mas indo a questão, acho que é de louvar a intenção do governo investir na ramo habitacional. só não prudente o governo fazer disto um negócio pois como todos sabemos, não se fazem ricos ou pelo menos não se cria uma classe média em pouco mais de dez anos de PAZ. Logo, é loucura cobrar num projecto de estado, valores como os do Kilamba. Resolver os problemas do povo sim. mas sem pensar em enriquecer "o governo" empobrecendo cada vez mais o povo.
Jose Vieira Aqui vai a minha opinião em termos de resolução do parque habitacional em Angola a curto prazo! Esta opinião é baseada na experiência que acompanhei nos Açores nos idos anos de 1980 em que pela 1º vez assisti a um sismo de magnitude 7.4 na escala de Richter. 3 ilhas ficaram parcialmente destruídas! Criou-se um gabinete de reconstrução! As casas foram reconstruídas pelos proprietários (chamou-se auto-construção) mediante apoios governamentais na doação de alguns materiais, juros comparticipados pelo Estado, facilidades a contornar a burocracia, etc...Ao fim de 10 anos estava tudo reconstruído e hoje os Açores detêm o melhor parque habitacional de Portugal! Já agora acrescento com alguma vaidade que quem veio de Lisboa dirigir este gabinete foi o eng. Pessanha Viegas que foi o último governador do Cunene do tempo colonial, vivia no Lubango e esteve segundo consta no projecto da Serra da Leba. E é aqui que julgo que esta experiência interessa muito a Angola que precisa de casas, casas, casas...e deve-se aproveitar as boas experiências sejam elas donde forem! Angola só terá um parque habitacional que satisfaça as necessidades do cidadão angolano quando o governo acabar com a mentalidade comunista e com o objectivo de dominarem tudo, não fazem nada! Um programa de auto-construção em Angola daria azo a um boom na construção civil onde seriam os privados a satisfazerem as necessidades e os cidadãos é que escolheriam o lugar, o tipo de casa, etc, consoante a sua bolsa e a sua necessidade. A participação do governo seria na bonificação dos juros para habitação, doação de alguns materiais de construção, e a organização das cidades, fornecimento das estruturas de saneamento, energia e água. Só! Mas este só...é o suficiente para resolver uma crise habitacional que eles nunca serão capazes de resolver se continuarem a inventar, sempre com o objectivo de ter na mão o poder de controlar, dominar, determinar! E outra questão não menos importante são as eleições autárquicas! Sem o poder local, também não se irá muito longe, vamos ter sempre do mesmo!
Tony Henriques Silva Caro Paulo Makindi assim acabo por fugir mesmo rsrsrsrsrs. Para mim em quase tudo é importante não perder o focos da questão que está a ser discutida, os paralelos são sempre bons mais retiram como já tinha dito a pertinência das abordagens. Recuando a proposta feita por si de se mobilizar um painel de expertos na matéria dentro dos profissionais da comunicação Social se este for o caso qual então o significado do encontro neste espaço do FB das nossas opiniões? Será que é para unicamente cada um de nós atirar uma pedra ou fazer um rabisco no mural do Reginaldo Silva. Será esta a sua função ? Todos nós temos uma agenda logo perceber a sua sobre um assunto tão importante como este é tão interessante como entender a dimensão dos nossos problemas e de como eles podem ser resolvidos. Remete-los sempre para que algúem os resolva ou pense por nós iliba-nos momentaneamente mas no final Angolanos somos todos.
Joao Quipipa A(s) cidade(s) serão habitadas....é preciso ajustar o ritmo de construção ao de adesão com as soluções propostas (arrendamento, renda resoluvel, venda a vista, etc...). Agora, aquilo não tem como custar zero. Seja qual for o preço todos cuja capacidade não permitir não vão ter acesso as habitações. Imaginem, para rendas de $400 a família ter de ter renda de $1.200,0...quantos reúnem tais condições? E existiram opções noutras cidades para rendas menores...é o que espero que venha a acontecer. A cidade ainda não ocupação significativa, mas há gente que já tem casa lá e ainda não se mudou por outros motivos (ano lectivo a meio, equacionar custos com a mudança de residência, etc....sei que irão para lá).
Mas há outras questões que se levantam, além do preço dos imóveis: terão as pessoas capacidade para suportar os custos associados ao kilamba (outras cidades) que se traduzirão em taxas de condomínio e afins?
E há pessoas cuja renda não permite viver naquelas cidades mas o desejo é enorme. Há gente que já lá comprou mas ainda pensa quando se vai mudar (ano lectivo a meio, custos da mudança, etc...)
Será que tais cidades ainda não registam ocupação significativa apenas pelo seu custo (considerando soluções recentes para maior adesão do público)?
Acredito que o Reginal mesmo sendo oferecida a custo zero não se mudava para lá.....há outros encargos a considerar.....
Reginaldo Silva Quipipa eu falei em renda resolúvel, onde se incluem outros custos, como a taxa de condomínio.
Que eu saiba as rendas são pagas em dinheiro...
Nunca defendi nem defenderei qualquer solução parecida com o custo zero...
Paulo Makindi Caro Tony Henriques Silva, se bem me recordo, pedi-lhe desculpas, pois não? Ou também tenho que lhe bajular? Se quiser também posso fazê-lo. A final, todos nós fazemos, pois não? A lei do regime assim nós impôs. Mas, mano...sejamos objectivos.
O Facebook é apenas um dos muitos canais que se pode fazer tamanha abordagem. Mas, lembre-se, caro amigo - desculpa a ousadia, não kero desrespeitá-lo, que o Facebook é inacessível ao comuns dos mortais dos angolanos. Ademais, a abordagem no facebook é quase informal e, um fórum formal e mais padronizado, tal como na televisão, rádio, jornais, e outros meios afins, seria o recomendável. O Facebook seria o começo, mas não o fim, penso eu. Por outro lado, por saber que a questão da habitação é complexa, haverá muitos factores essenciais a este debate em que teria dificuldades em abordá-los ou ignoraria-os por completo. Qual é a percentagem da população angolano sem casa própria, por exmplo? Qual seria o modelo habitacional mais adequado - sistema de renda ou de propriedade - para a nossa realidade? Devido o custo de vida dos angolanos, qual seria o mais apropriado modelo de pagamentos? Porque razão no nosso país tem sido o Executivo a tomar porte dos projectos habitacionais em deterimento dos privados - quanto mais não seja, muitas das vezes confudi-se um ao outro - quando nos outros paises é o inverso? Por exemplo, o José Vieria expos um exemplo de reconstrução nos Açores. Por que que Angola não pode ter um plano semelhante apropriado a nossa realidade socio-económica? Qual tem sido a experiência de outros países que tiveram a mesma situação do qual Angola passa? Seria ali que os experts dariam uma lufada de ar fresco. Parece-me que a comunicação social tem um plataforma mais apropriada para solidifizar e aprofundar com perspicácia as diferentes latitudes deste tema.
Tony Henriques Silva Agora Sim este seu ultimo comentário abre-me espaço para eu puder responder Paulo Makindi, em meu entender podemos sempre apresnetar exemplos mas será que paramos na abordagem de um determinado problema mostrando um exemplo de solução ao olhando primeiro para as nossas váriaveis. Pelo que me parece na nossa equação neste caso concreto da habitação entrariam muitas variáveis logo falar sobre este tema sem se tocar nelas é bastante superficial ou não acha? Partir do principio que quando tentamos fazer logo a partida esteja mal sem contudo apresentar nada de concreto como alternativa é como se tentassemos aprender a andar enquanto pequenos e aparece um adulto e diz logo não vais conseguir.
Reginaldo Silva Acho que no caso de Angola é um perfeito disparate o Estado estar a investir na construção de prédios de 17 andares para efeitos de habitação.Um edifício com esta dimensão é prejuízo garantido a médio prazo. O Estado, repito, só tem de se preocupar com a habitação social e este tipo de habitação não se pode resumir aos zangus e a outras "agressões" do tipo "casa evolutiva"..
Miguel Malanga Kota, Reginaldo Silva, Não tive a oportunidade de ler o tal artigo no Jornal de Angola que muito boa gente faz referência, mas vamos aos factos: Segundo um responsável sénior da DELTA imobiliária, apenas 200 apartamentos foram/estão vendidos, e ele mesmo não soube dizer se todos os 200 apartamentos estão habitados, a DELTA diz ainda que, não foi constatar em loco, se todos os 200 apartamentos foram/estão a ser ocupados. Quem conhece o Kilamba na sua plenitude, sabe que 200 apartamentos e sem garantias de que estão todos a serem habitados é muito pouco. Ai ter sentido a brincadeira de “Cidade Fantasma”. Agora, é facto também que, mesmo atrasado o EXECUTIVO reagiu, parece que há um “Decreto Presidencial” em que se determina a renda dos apartamentos em dois moldes; 1º Renda normal, 2º Renda resolúvel, mas em que moldes? Está resposta teremos que aguardar/esperar, e ai opinarmos. Parece que se encontrou uma fórmula para salvar o Kilamba, se é verdade ou não, haver vamos.