quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Um arejado contributo para o debate de ideias
Estive esta quarta-feira no acolhedor jango da Chá de Caxinde para fazer a apresentação do mais recente trabalho do António Tomás editado pela Casa das Ideias do Gika.
"Poligrafia" de seu título, o livro pretende ser muito mais do que uma recolha de textos já publicados pelo seu autor em jornais e revistas na última década. E consegui-o.
Os jornalistas e todos aqueles que escrevem para os jornais vão certamente ter neste modelo escolhido pelo AT, “o romance de ideias”, uma referência difícil de ignorar, quando pensarem em editar um livro com a sua trajectória pelas páginas da imprensa.
De facto muito mais importante do que saber onde, quando e como foi publicado um determinado texto, é dá-lo à estampa com a melhor roupagem possível, com o seu traje de domingo.
Achei particularmente interessante e muito pragmático o critério de AT, com o qual, aliás, estou inteiramente de acordo, porque também já o tinha adoptado, de não submetermos os leitores ao passado das nossas insuficiências e hesitações e mesmo erros, falhas e incongruências, com a reprodução pura e simples dos originais.
Para este exercício já chegam as páginas amareladas das publicações onde eles viram pela primeira vez a luz do dia e que estão disponíveis nas bibliotecas, embora as nossas deixem muito a desejar nesta oferta, com alguns mistérios pelo meio, como o súbito desaparecimento de colecções inteiras.
Uma coisa é escrever para os jornais e revistas sob a pressão dos dias de fecho e de outras condicionantes menos visíveis relacionadas com as famosas linhas editoriais, a outra é editar um livro a pensar no presente e no futuro e em públicos que já não conhecem o contexto em que as crónicas nasceram e se alimentaram.
O texto integral desta apresentação está disponível no meu GoogleDocs em:
https://docs.google.com/document/d/1bYHkUS5r6Ahc1FvNS-siKILie3svQHBiZi7cg0fbtpc/edit?hl=pt_PT