Com o encerramento compulsivo há 3 semanas do suplemento dominical “Vida Cultural” do Jornal de Angola, fomos testemunhas de um gesto pouco comum na vida da nossa imprensa oficial, onde habitualmente a “roupa suja” é lavada em casa.
Desta vez, entretanto, o que assistimos foi exactamente o contrário, tendo Jomo Fortunato, enquanto editor do “defunto” suplemento, sido a pessoa mais atingida na sua imagem e prestígio pela pública e violenta chicotada.
Como é evidente ninguém fica contente com um tal tratamento que, temos de reconhecer, mesmo noutras paragens além-fronteiras, não tem sido muito usual.
Não sendo nós propriamente leitores assíduos do referido suplemento para estarmos aqui a discutir o mérito da causa, achamos que o incidente criou um precedente difícil de gerir, já que em nome da justiça e da igualdade de tratamento, a direcção do JA vai ter de adoptar o mesmo procedimento sempre que detectar erros de ortografia noutras editorias.
Por esse andar do rolo compressor, qualquer dia só sobram as Cartas do Director…