A reportagem que o Novo Jornal publicou na sua última edição é um exemplo de bom jornalismo ao serviço da sociedade/comunidade. A situação da criminalidade nunca esteve boa, nem pouco mais ou menos, mas agora está a conhecer um novo pico. O mais grave é que a resposta não parece estar a altura do desafio. Também nunca esteve, mas agora o défice pode-se estar a agravar, pois do lado da "oferta" há claramente uma melhoria muito substancial a pôr em causa todos os impactos sociais mais positivos das políticas públicas na estabilização macroeconómica (controlo efectivo da inflação), combate à pobreza e na promoção do emprego de qualidade. Os projectos megalómanos e os desvio dos dinheiros públicos pela via da corrupção também podem ser notificados para responderem a este "processo" sem barras...
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Artur Graça Cussendala Para acabar ou diminuir com a criminalidade dever-se-ia destruir todas as cadeias e no seu lugar criarem-se cemitérios e o lema seria criminoso pego é criminoso morto...
Reginaldo Silva Solução final, Artur?
Artur Graça Cussendala RS, veja como está a Singapura, td criminoso emigrou e o país é hoje uma maravilha.
Reginaldo Silva Se tudo fosse assim tão "singapurado", o planeta hoje seria um paraíso..
Quarta-feira às 11:10 · Gosto · 2
Artur Graça Cussendala Claro que sim mas com activismo para tudo até o bandido se sente protegido. Recuemos no tempo mesmo aqui em Angola, na época em que quem fosse pego roubando era queimado com pneus a bandidagem tinha diminuído ou mesmo quando a divisão de baixa visibilidade (esquadrão da morte), actuava as claras os "batuqueiros" tinha optado por outras profissões menos arriscadas. Então porque não "singapurar" o país também?
Fernando Oliveira Seria até interessante fazermos esse exercício:imaginemos que todos os países do mundo pudessem "exportar" os seus criminosos para uma ilha ou para um sítio qualquer,em suma verem-se livres deles...era capaz de ser giro...
Luis Fernando Mandem já o Artur Graça Cussendala para a chefia da Polícia Nacional. É claro que não é por aí amigo, por muito que detestemos os criminosos e por muito que nos coloquem a vida em risco. A solução final de Hitler deu no que deu, o "Holocausto" que só disseminou na Alemanha e regimes cúmplices o ódio pelos judeus mas que nada resolveu, bem pelo contrário, deixou uma mácula insanável na imagem da Deutschland . E connosco seria a mesma coisa, o fuzilamento dos bandidos a um nível de "tolerância zero" criava a maior confusão que se pode imaginar, pois nada me garante que o mais impoluto dos cidadãos não fosse, ele também, acusado de criminoso e passado pelas armas. Num mundo dominado pela justiça, pela honra e pela verdade, acredito que isso fosse possível. Mas esse mundo existe Artur? Comecemos por aí...
Artur Graça Cussendala Obrigado Sr.@Luis Fernando pela exemplo do holocausto mas a tolerância zero a bandidagem não é exactamente uma luta contra as minorias sejam elas étnicas, raciais ou religiosas mas somente contra elementos que persistem na contra mão da lei. E citei o exemplo de Singapura exactamente para ilustrar que é possível criarem-se sociedades com níveis baixos de criminalidade. Porque num país em um individuo tira a vida a outrem por um misero telemóvel e recebe como bonificação uma vida de descanso num cela presidiaria a custa dos outros e passado um terço da pena está livre e pronto para outro assassinato, cria a ideia de que afinal o crime compensa.
Luis Fernando Compreendo-te amigo Artur Graça, compreendo-te. Mas a vida já demonstrou que os excessos não resolvem. A lei de Talião baseada no princípio do "dente por dente, olho por olho", se valesse para alguma coisa, estaria em aplicação em todos os países do mundo. Andamos todos furiosíssimos com a praga de bandidos que nos acossam, eu próprio ja fui vítima de dois assaltos à mão armada para roubarem-me dois míseros telemóveis, mas não acho que a solução seja bandido capturado/bandido morto. A minha preocupação é com a a aplicação criteriosa e justa dessa medida. O que aconteceria se um digno chefão desses esquadrões disser que fuzilem o cidadão Artur Graça Cussendala pk é criminoso e os carrascos (que podem vir a ser os profissionais mais eficientes do pedaço, pois para a maldade há sempre talento de sobra) passam à acção sem mais contemplações? No fundo o que quero dizer é que instituir esse tipo de resposta para travar a espiral da criminalidade pode vir a mostrar-se um grande perigo, pela própria maldade que não é pouca numa sociedade cheia de bandidos. Parece um jogo de palavras mas é, tão só, o retrato do que somos e do que temos.
Artur Graça Cussendala Enquanto os corruptos, os assassinos, gatunos, violadores e pedófilos e outros marginais continuarem a serem protegidos em nome do humanismo, o mundo continuará a ser o que é. Meu amigo (desculpe trata-lo assim) Luis Fernando, todas as revoluções têm os seus mártires fruto dos excessos que se comtem pelos detentores do poder e nesta minha "purga" ao banditismo, com certeza alguns inocentes levariam de tabela e não há como evita-lo. Alias gente há que cumpre pena de prisão simplesmente por estar na hora e no lugar errado naquele fatídico dia do crime.
Juliano Da Silva Rodrigues Diz-se que toda sociedade tem os criminosos que ela merece e a nossa não foge a regra. A maior parte dos jovens criminosos nunca tiveram oportunidades de ensino e emprego no nosso país. O que se espera quando as oportunidades são sempre para os mesmos? Enquanto a situação social em Angola não melhorar, os índices de criminalidade não baixarão!
Maurilio Luiele Luis Fernando é também uma questão de lei. A pena de morte foi removida do nosso código. Por outro lado essa eliminação sumária de bandidos que, embora não se admita oficialmente, é uma prática recorrente entre nós em períodos críticos de delinquência, é totalmente ineficaz e desaconselhável. São infelizmente vários os relatos em Luanda de jovens inocentes assassinados pela polícia porque confundidos com bandidos documentados.Isto significa que este não é de modo nenhum o caminho a seguir.
Artur Graça Cussendala @Juliano, os marginais devem roubar ou matar os"outros" que lhes roubam as oportunidades e não um desgraçado como ele. O bandido também deve ter a ética de não espoliar o espoliado.
Juliano Da Silva Rodrigues @ Artur o mundo em que os criminosos vivem é como uma selva aonde os fortes sobrevivem (segundo Herbert Spencer 'Survival of the fittest' interpretando a teoria de evolução de Darwin). Então é lógico que os criminosos assaltam os mais fracos e não os mais fortes como os membros do executivo que deslocam-se escoltados.
Reginaldo Silva Gostei desta Artur Graça Cussendala: "O bandido também deve ter ética..." Espero que o teu apelo seja suficientemente democrático e abrangente para ser ouvido por todos os bandidos deste país, sem excepção...
Jose Vieira (...) Quanto ao Artur Cussendala de quem geralmente leio os comentários, eu compreendo a posição neste assunto, mas é das tais posições insustentáveis! Isso seria o mesmo que admitir que a ditadura também tem lugar! Há teorias que não servem na prática e práticas que não têm sustentabilidade teórica! Ex.: o comunismo em teoria é bom mas na prática revelou-se inexecutável! O fuzilamento dos bandidos seria uma prática com resultados bons, mas não tem sustentabilidade teórica porque é inaceitável a resolução de qualquer questão pela eliminação física!
Artur Graça Cussendala Neste prisma o @José Vieira tens razão mas as vezes as ditaduras são bem vindas para arrumar o desarrumado. Estaline levantou a Russia mesmo com uma baixa de 25 milhões de cidadãos e o país em escombros. Singapura tem sido consistentemente avaliada como o país menos corrupto da Ásia e entre os dez mais livres de corrupção do mundo, de acordo com Transparência Internacional, graças a passagem por aquele país de um ditador que colocou todo mundo de sentido. Aqui mesmo Angola, Savimbi manteve a rédea curta do seu movimento graça a ditadura que implantou nas ditas “terras livres” e para mostrar que não estava de brincadeiras até a inquisições recorreu. A China é hoje uma potência porque o país é regido com punhos de ferro. É claro que não há regras sem excepção ou melhor nem todos se deram bem nas suas ditaduras assim com não foi fácil interpretar na prática o comunismo.