Samakuva está em "pré-campanha" nos Estados Unidos, numa altura em que a direcção da UNITA ainda não deu luz verde para a tomada de posse dos seus comissários na Comissão Nacional Eleitoral, sendo neste momento a única formação que continua a boicotar aquele órgão.
Agora, só na segunda quinzena de Maio tal empossamento será possível, tendo em conta a data prevista da realização da próxima plenária da Assembleia Nacional.
Críticos da actual gestão que Samakuva tem estado a fazer da UNITA, destacam o facto nada positivo de ele se ter preocupado muito pouco com a mobilização das falanges do Galo Negro tendo em vista o seu registo eleitoral.
Adiantam a mesmas fontes que a direcção da UNITA não percebeu ou não quis perceber as razões estratégicas que levaram o MPLA a apostar tanto na mobilização popular para o registo/actualização eleitoral.
Entre estas razões sobressai, de acordo com esta análise, a necessidade do MPLA registar o máximo de militantes/simpatizantes, o que lhe permite ter desde logo algumas certezas antecipadas, embora por si só o registo não garanta o voto seguro.
Seja como for é sempre melhor ter as pessoas registadas para os devidos efeitos, do que não ter. Por isso é que diz que o MPLA fez do registo eleitoral a maior referência da sua pré-campanha que continua em curso, perante a apatia dos restantes concorrentes.
Em parte concordo com esta maneira de ver as coisas em nome da objectividade e do pragmatismo.