Finalmente, em Portugal, os banqueiros vão se sentar no banco dos réus.
Era bom que os juízes nem permitissem que eles se sentassem.
Era bom que passassem todo o tempo do julgamento de pé, para perceberem quanto é doloroso para os depositantes verem as suas poupanças de dezenas de anos seriamente ameaçadas, por culpa da sua ganância, das suas vigarices e das suas patifarias.
A actual crise veio confirmar a péssima fama que ao longo dos tempos os banqueiros, herdeiros dos agiotas, sempre tiveram.
Definitivamente os banqueiros não são pessoas sérias e muito menos honradas.
Nunca, como nos tempos que correm, Honoré de Balzac teve tanta razão, quando há mais de 300 anos escreveu que "por detrás de todas as grandes fortunas esconde-se sempre um crime".