Já quase tudo foi dito e escrito à volta desta nova "barraca" que estamos com ela, depois das foto-máscaras (com as "fronhas" de AN e JES) terem sido introduzidas à socapa no BI.
Talvez devêssemos acrescentar que, uma vez mais, estamos diante de um desempenho que embora não nos tivesse surpreendido de todo, acaba por nos tirar a própria razão, nas discussões que vamos mantendo diariamente com o nosso Eu mais pessimista, mais crítico ou mais céptico.
De facto os nossos esforços para convencermos o outro Eu que faz parte de nós, acabam, uma vez mais, por ser copiosamente derrotados com este rocambolesco episódio da (não) outorga do PNC a Viriato de Cruz.
Tal "recuo" não nos vai desencorajar a prosseguir na via do equilibrio, sem nos colocarmos em cima do muro.
Vamos continuar firmes, ao lado do nosso Eu mais moderado e compreensivo, a acreditar que tudo isto não passou de(mais) um lamentável incidente de percurso. Os tais equívocos que se vão multiplicando.
Não poderemos, entretanto, ignorar, sob o risco de nos estarmos a auto-censurar, o outro Eu, que é aquele que continua a estar cheio de razão diante dos factos que se vão sucedendo.
Qual será a próxima "barraca"?
PS (1) Quem ler a dramática entrevista que a jurada Amélia Dalomba concedeu no último fim-de-semana ao NJ percebe melhor as razões de tanta razão que o nosso outro Eu carrega. O Eu que deixou de acreditar em histórias da carochinha.
De facto não é possível ficar-se indiferente aos desencantados pronunciamentos da poetisa e declamadora cabindense, por quem temos uma grande estima e consideração.
Só espero que não me venham agora dizer que a Dalomba também é da oposiçao e está a conspirar contra o "glorioso".
Mas como tudo que é mau pode acontecer em Angola, também não iria ficar muito espantado, para além do que é normal.
Talvez seja essa a próxima "barraca" (a ver vamos...), sendo certo para já que a Amélia muito dificilmente será escolhida para integrar nos próximos tempos algum corpo de jurado patrocinado directa ou indirectamente por dinheiros públicos.
A liberdade de expressão continua a pagar-se caro em Angola.