4.5 Jornalistas e editores não praticam a autocensura.
Infelizmente, tanto os jornalistas como os editores praticam a auto-censura todos os dias e em todas as circunstâncias. Alguns dos actos de auto-censura situam-se na fronteira do banal. Contrariamente ao que pode ser crença generalizada, a auto-censura não se pratica apenasnos órgãos de comunicação social do sector público. Há auto-censura também no sector privado. Muitas vezes istonão se deve a ordens superiores, mas deve-se muito àsrelações pessoais de que resultam benefícios económicos.
“O problema é que somos todos dependentes em todos os sectores” , disseram os participantes. Os bancos poderiam contribuir melhor para a liberdade de expressão, através da facilitação do crédito, o que deixaria os jornalistas mais independentes.
Mas encontrando-se todos eles nas mãos de pessoas influentes e ligadas ao poder, significa que qualquer jornalista que seja crítico poderá ver as suas possibilidades de acesso ao crédito decapitadas. O medo de represálias, geralmente de natureza económica, é o principal factor que influencia a auto-censura. E não são só os jornalistas que praticam a auto-censura; é um problema que atinge quase todas as profissões e sectores da sociedade, incluindo os juristas.
In "Barómetro Africano da Média- Angola 2010" (http://library.fes.de/pdf-files/bueros/africa-media/08155.pdf
PS- Nesta categoria os participantes foram unânimes em considerar que o país não atinge o objectivo, nem de perto, nem de longe, tendo-lhe atribuído a pontuação mais baixa do barómetro que é 1.0.