segunda-feira, 6 de junho de 2011

Querem "manifestações"?

A resposta a esta interrogação é simples e directa:"Vão tê-las! Nós os que não gostamos da vossas manifestações, também sabemos organizar e promover as nossas manifestações."
Este fim-de-semana David Mendes e Luaty Beirão foram "visitados" em suas casas por um grupo ruidoso e agressivo de "manifestantes".
Os resultados da acção do "novo movimento" estão à vista de todos e só podem deixar-nos preocupados, porque apontam claramente para o regresso a um passado que, em abono da verdade, nunca deixou de estar presente, embora disfarçado com as cores de um futuro diferente.
Terá sido o mesmo grupo?
Pouco importa, pois o que há mais nesta cidade são jovens desocupados e com vontade de fazer qualquer coisa a troco de umas birras.
Desde que foi organizada  pelos seus próprios camaradas a manifestação "espontânea" contra o "bailundo" Marcolino Moco que já nada me espanta nesta "secção".
Claramente e conforme era nossa previsão, a violência física contra os "cabeças de lista" foi accionada na sequência das últimas movimentações de rua, restando apenas saber se haverá alguma limitação, ou seja, se as orientações superiores excluem a eliminação física, o que parece ser o caso, pois não acreditamos que já se tenha chegado a um tal extremo.
A partir de agora os "brigadistas" podem visitar todos os críticos do MPLA/Governo com o propósito de intimidá-los.
O recurso ao "direito de manifestação"  só superficialmente parece inteligente, porque muito dificilmente convencerá a opinião pública da sua autenticidade. É mais um caso típico da chamada "esperteza saloia", como díriam os nossos amigos portugueses.
O que me entristece profundamente em tudo isto, para além da violência gratuita, é termos, uma vez mais, a comunicação social pública e os seus "jornalistas" completamente atrelados a esta estratégia repressiva.
Os "jornalistas" estão a patrocinar o "projecto", sendo, aliás, responsáveis pela execução da sua parte mais sensível e perturbadora, considerando a existência nesta "cooperação" de graves violações da ética profissional.
Só mesmo colocando-lhes as aspas em cima é possível entender o seu papelão em toda esta campanha de violência/intimidação política contra cidadãos que não cometeram nenhum crime de lesa-pátria.
Não é possível que jornalistas sem aspas possam fazer a "cobertura" de tais actos, sem questionarem a sua autenticidade, a sua origem, legitimando-os como sendo reacções naturais.
Preparem-se para o pior, pois nesta terra nada está tão mal que não possa ficar ainda pior, particularmente em matéria de violências para todos os gostos e feitios, começando pela já endémica violência institucional/violência política.
PS- Mais informações sobre estas e outras makas com a versão dos manifestantes sem aspas em http://centralangola7311.net/.
Esta informação é particularmente dirigida aos jornalistas com aspas.