A "mina" chama-se tratar de um visto para entrar em Angola, com base na "lei da gasosa", que ao que parece é o novo produto de exportação da economia angolana.
Na matéria que dedicou ao assunto o "Angolense" refere que o “negócio” em causa é antes mais produto do aumento exponencial do interesse de Angola como destino para um número crescente de portugueses (mas não só) que procuram no mercado angolano uma solução para os seus problemas sociais ou uma resposta aliciante para as suas expectativas mais empresariais.Esta procura parece traduzir, por outro lado, a situação de crise (recessão económica) que se vive em Portugal, nomeadamente, com as falências e o consequente aumento do desemprego, a aconselhar os portugueses a procurarem além-mar perspectivas mais animadoras para o seu futuro.O “negócio” chama-se obtenção de um visto para entrar em Angola, numa altura em que são cada vez mais notórias as bichas que se formam no Consulado de Angola em Lisboa. Ao que garantem as fontes do Angolense na capital portuguesa, a única solução para conseguir entrar no Consulado angolano é pernoitar nas suas imediações de modo a integrar a bicha das primeiras 50 pessoas que é o número máximo de solicitantes que são atendidos por dia.
O "Novo Jornal", o outro semanário luandense que se referiu a este assunto, revelou que o Consulado Geral de Angola em Lisboa vai ser alvo de uma inspecção devido às denuncias de o seu funcionamento estar a macular a imagem do país, nomeadamente com as dificuldades para atribuição de vistos de entrada e outros documentos.
O "Novo Jornal" destaca que entre os cidadãos portugueses que pretendem visitar Angola e têm maiores dificuldades, encontram-se os jornalistas, que muitas vezes vêem os seus pedidos pura e simplesmente recusados sem qualquer razão plausível e depois de mais de um mês de espera.
Debate
ELCAlmeida disse...
Meu caroEsta matéria foi confirmada ao Diário de Notícias pela Cônsul em Lisboa numa peça que aquele matutino publicou há cerca de 2 semanas.O problema - sê-lo-á? -, de acordo com a Cônsul é que as "vendas" são feitas fora da área do Consulado e sem que este possa fazer nada.O "sê-lo-á" de dúvida, é que se o assunto está fora do "chapéu" do Consulado não estará fora das autoridades portuguesas.AbraçosEugénio Almeida
29 de Janeiro de 2009 7:22
henrique mota disse...
Já por três vezes utilizei os serviços consulares para a obtenção de visto para viajar para a república de Angola. Nunca verifiquei as anomalias de que fazem referência. O que notei, da meia duzia de vezes que lá foi, foi o facto de haver alguns indivíduos europeus que habitualmente vão muito cedo para as filas de espera, e que são uma expécie de profissionais do sistema, ou seja, encarregam-se de encaminhar os interessados em obter vistos, a troco certamente de outras compensações. Os funcionários do consulado têm uma postura que nada fica a dever a quem cumpre o seu lugar, com dignidade. Saudações - H.M.
31 de Janeiro de 2009 10:30
ELCAlmeida disse...
Talvez que o companheiro (deveria dizer camarada, mas como não sou do PCP...) Henrique Mota, apesar de, penso, ainda ter a sua papelaria, não tenha conseguido ler a entrevista da Cônsul onde é ela própria que se refere aos 500 euros pagos por uma "vaga" no consulado.Meu caro, quando fizeres este tipo de desmentidos, pertinentes quando devidamente temporizados, deves referir a que período te referes sobre o mesmo.Sabes bem que até há pouco isto não acontecia e só começou quando a^Cônsul começou a tirar certas prorrogativas a certas pessoas que vegetavam no Consulado.AbraçosEA
31 de Janeiro de 2009 12:53
proi. dioni - Brasil disse...
Se entende bem o que esta ocorrendo é uma seleção de pessoas de Portugal para entrar em Angola.Eu acho isto muito valido pois nós que somos brasileiro sofremos para entrar em Portugal e passamos as vezes por humilhações como se fossemos verdadeiros bandidos.Tenho conhecimento de pessoas que ficam em filas ( bichas) dias para conseguir um visto no consulado ou na embaixada em Brasília e quando chegam em Portugal são mautratadas e mesmo pasmem deportadas do aeroporto.Creio que deveria haver entre Portugal e nós que fomos suas colonias uma maior integração quanto a entrada nós respectivos territórios. Nossos documentos de identidade deveriam pertencer a um unico banco de dados interligados entre os ministérios das Justiças de todos os paises de lingua portuguesa e com isto se evitaria humilhações e decepções de parte a parte.
1 de Fevereiro de 2009 9:56