A Primeira-Dama dos Estados Unidos da América com o seu metro e oitenta é para já, fisicamente, uma mulher grande, pelo menos em Angola. No seu país também não é, de certeza, uma mulher pequena.
Sem ser uma mulher que se destaca pela sua beleza, Michelle tem boa pinta, faz um bom conjunto, fica bem na fotografia. É o que é mais importante para não destoar do marido, que é, claramente, um “rapaz” muito bem-parecido no seu género.
Não a conhecemos, mas desde logo não temos muitas dúvidas em admitir que ela também poderá vir a ser uma grande mulher ao lado e não atrás do grande homem que Barack Obama está condenado a ser, se for para diante (ou se lhe deixarem ir) com todas as suas promessas de mudança da degradada face interna e externa da América.
De Michelle e depois da sua primeira prestação protocolar oficial, como Primeira-Dama dos EUA, já ouvimos cobras e lagartos, com os autores das diatribes, dos reparos e dos assobios preocupados apenas com a cor e o feitio dos dois ou três vestidos que ela usou no “dia da inauguração” do esposo.
Pouco mais foi dito desta advogada brilhante que já foi tutora do estágio do marido quando o licenciado Barack começou a trabalhar em Chicago como causídico.
Michelle Obama tem todas as condições pessoais (formação e cultura) para vir a ser uma Primeira-Dama modelo que inspire as suas homólogas por este mundo afora, sobretudo em África.
Sinceramente, o que desejamos é que Michelle Obama não perca muito do seu tempo útil com as coisas mais mundanas da vida de qualquer sociedade, como as passagens de modelos, os concursos de misses, as festas, os shows, os lançamentos de produtos de beleza e as corridas de automóveis.
O que desejamos é que Michelle seja útil (na medida do possível) aos norte-americanos que ainda necessitam de ajuda e protecção do estado, por razões várias, que ainda são mais do que muitas.
O que desejamos é que Michelle abrace a causa da própria mulher negra norte-americana confrontada com constrangimentos vários numa sociedade demasiado estratificada onde a violência, a pobreza, o alcoolismo e a droga casam muito mais vezes no seio dos afro-americanos do que noutras comunidades.
O que desejamos é que Michelle, ajude Obama a ser um grande homem da nossa época, sem ela deixar de ser uma grande mulher, uma mãe atenciosa e carinhosa e uma boa filha.
Com o nome de uma das mais famosas e bonitas músicas dos lendários Beatles, Michelle parece estar com tudo para dar certo nas suas novas funções, se seguir os nossos conselhos.