quinta-feira, 2 de julho de 2009
Relatório Económico Anual da Universidade Católica de Angola
Pelo sétimo ano consecutivo, a Universidade Católica de Angola (UCAN) através do seu Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) produz o Relatório Económico de Angola, sendo a presente edição referente ao ano 2008.
Contrariamente ao que vinha acontecendo em anos anteriores particularmente com o antigo Ministro das Finanças, José Pedro de Morais, desta vez e apesar do convite formulado, o CEIC não conseguiu que ninguém do Governo fizesse uma apreciação preliminar do Relatório durante a cerimónia de lançamento do Relatório que terça-feira encheu por completo o auditório da UCAN.
O Relatório Económico de Angola 2008 é assim a reafirmação da vitalidade de um projecto académico independente, único no seu género ao nível da sociedade civil angolana, constituindo a sua existência um importante documento de consulta para quem esteja interessado em aprofundar a sua visão sobre o desempenho da economia nacional.
Para a imprensa da especialidade, e não só, o Relatório é uma sólida e interessante referência na hora de se confrontarem dados, avaliações e perspectivas, sobretudo com a informação e a análise económica que é elaborada e divulgada pelas fontes oficiais.
Infelizmente este Relatório é muito pouco consultado e utilizado pelos jornalistas, não tendo por conseguinte o mesmo, um grande impacto junto da opinião pública e publicada, como seria de desejar.
Com efeito, muito poucos são os trabalhos jornalísticos, com a necessária e recomendável profundidade e abrangência, que anualmente são dedicados ao Relatório Económico da UCAN, o que traduz bem a pouca atenção que, de uma forma geral, a comunicação social dedica às questões mais complexas da vida nacional.
Esta lacuna também se deve, em parte, à pouca acutilância mediática com que os organismos especializados deste país tratam a informação de interesse público que elaboram, não constituindo, propriamente, o CEIC da UCAN uma excepção.
Neste âmbito o Centro tem-se limitado a uma sessão pública de apresentação do Relatório, sem se preocupar muito com outras acções de promoção junto da comunicação social que, certamente, levariam os jornalistas a darem um outro tratamento ao seu conteúdo no âmbito da disseminação de uma informação de reconhecido interesse para o esclarecimento da opinião pública.