O Estado angolano já terá gasto muito mais de 600 milhões de dólares com a implantação do PRESILD. Um esforço financeiro que, quanto a nós, só faria algum sentido se fosse canalizado prioritariamente para apoiar a comercialização da produção agro-pecuária nacional, o que ainda está muito longe de vir a acontecer.
O que se tem verificado até agora é que, para já, o PRESILD, não passa de uma rede de lojas e supermercados que vende produtos importados e pratica o dumping, graças às isenções fiscais e outras facilidades que a sua condição de projecto político governamental tem conseguido obter de mão beijada.
Será isto, a nova economia de (super)mercado que estamos com ela?
"O PRESILD – Programa de Reestruturação do Sistema de Logística e de Distribuição de Produtos Essenciais à População, foi criado pelo governo de Angola com o objectivo de organizar e modernizar a actividade comercial em todo o território nacional, de forma a ampliar a oferta de produtos essenciais à população.
O Programa abrange mudanças estratégicas, que vão da actualização do quadro legal vigente no país à construção de novas infra-estruturas para o comércio grossista e retalhista. Inclui também a criação de incentivos financeiros, fiscais e produtos de seguro, bem como a formação profissional de comerciantes e trabalhadores.
Com isso, o Estado renova a sua função reguladora do Comércio, reafirma os pressupostos da economia de mercado e assume um compromisso primordial: melhorar as condições de vida e o poder de consumo das populações, através da oferta regular de produtos essenciais, com qualidade e preços mais justos."
(Informação oficial)