Ao que sabemos era propriedade do "glorioso" Estado angolano, "através" de uma "UEE" qualquer que se chamava ermanauto.
Ao que consta, no local vai nascer mais um condomínio de luxo.
É o que está a dar, é o que está a sair.
Consta igualmente que estão na origem de mais este "assalto", gradas figuras do Executivo... para não variar.
Enquanto isso, desesperados, os armadores de pesca não sabem nem como, nem para onde devem levar as suas embarcações quando elas precisam de assistência.
A solução é... deixá-las afundar.
Enquanto isso, o Executivo continua a distribuir barcos e mais barcos com muito pouca serventia.
Enquanto isso, os armadores apenas pedem ao Executivo que lhes atribua um espaço na orla marítima para construirem um estaleiro.
Não querem nem um centavo.
Dispensam a ajuda humanitária.
Querem apenas trabalhar e contribuir para o crescimento do PIB não-petrolífero.
Não querem terminar os seus dias a vender fardos no Roque Santeiro ou no Asa Branca.
Enquanto isso, do lado do Executivo só se ouvem silêncios entrecortados com inócuos , balofos e autistas discursos de ocasião.
Enquanto isso, todas as segundas-feiras na TPA acontece um país alegre e sorridente chamado "Angola em Movimento".
Para onde ?
Eis a questão!
* Este "poema" foi inspirado por uma reportagem que a TV/Zimbo emitiu esta sexta-feira sobre o sector das pescas, na sequência da crise do carapau.