A não ser, que a eliminação dos musseques seja só e isso mesmo.
Se for assim, então, felizes da vida, vamos todos viver no asfalto!
Abaixo o musseque e os seus seguidores, os mussequeiros!
Saravá!
[PS1- Já agora pergunte-se às perfeituras do Rio de Janeiro e da Cidade do México como é que elas pensam acabar com os seus musseques (favelas) que todos os dias crescem mais um bocadinho.
PS2- Com estas e com outras, o executivo angolano ainda se arrisca a ganhar o prémio do melhor governo do mundo... a mandar bocas!
PS3- Descobrimos que o Ministro tem uma visão algo restritiva do conceito musseque.
Para JF "os musseques surgiram porque houve ânsia das pessoas saírem de zonas em guerra e concentramo-nos todos nas grandes cidades, principalmente em Luanda. As pessoas construíram as suas habitações sem as condições necessárias."
A malta do Marçal, por exemplo, não vai gostar muito desta definição.
PS4- A guerra já terminou há oito anos e para já nada nos garante que a malta do interior tenha deixado de rumar para as grandes cidades do litoral, com Luanda à cabeça.
Nesta nova etapa do êxodo rural, que prossegue dentro de momentos, já não há zonas de guerra. As pessoas deixam as comunas, municipios e mesmo as capitais de provincia à procura de soluções para os seus gravíssimos problemas sociais. Soluções que não encontram nas suas bwalas.
A primeira grande acção estruturante para se acabar, a longo prazo, com os musseques em Luanda e não só, é travar este êxodo rural, o que só será possível com grandes investimentos públicos e privados nas "zonas de guerra" do interior que provoquem o desenvolvimento, melhorando a sua capacidade de resposta às necessidades multifacetadas das suas populações, começando pela oferta de emprego de qualidade.]