quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Terminou a "guerra" do Luís Fernando em defesa do VK-500?
Luís Fernando (LF) protagonizou até ao último fim-de-semana uma das batalhas mediáticas mais ferozes em defesa de uma causa pessoal, onde o jornalista se transformou completamente no protagonista principal da história.
A causa chama-se VK-500, um medicamento com base na ervanária tradicional africana, desconhecido da comunidade científica mundial.
O fármaco que é comercializado em Angola, sem autorização das autoridades competentes, foi inventado pelo beninense Medegan Fagla Jerome para o tratamento sintomático da drepanocitose (anemia falciforme).
Na extensa reportagem que publicou no seu jornal, "O País", referente ao primeiro Congresso Mundial sobre a anemia falciforme que decorreu em Accra, Gahna, LF critica o seu amigo beninese por "falta de pragmatismo", chegando ao ponto de compará-lo à famosa mulher de César.
Não basta ser-se sério é preciso também parecer, diz-nos LF na sua prosa.
"O mundo científico, os Estados Unidos, as instituições de saúde, pedem certezas, provas demonstrações. Neste caso, batem e baterão sempre na tecla de que é incontornável o ensaio em humanos, para se conhecerem todos os parâmetros do produto: principio activo, eficácia, reacções adversas, etc.
Há toda a legitimidade na posição, em defesa das populações que se hão-de expôr, depois, ao uso massivo e continuado do fármaco".
Depois deste momento (finalmente!!!) de grande lucidez, LF volta a deixar-nos dúvidas em relação ao futuro, ao interrogar-se sobre quem irá financiar o ensaio do VK-500.
Ao que julgamos saber no mundo da industria farmaceutica que, segundo a sua avaliação, é um mundo gerador de receitas bilionárias, só pode ser o próprio dono da patente a encontrar soluções para um tal problema.
O nosso receio agora é vermos proximamente LF a lançar mais uma campanha mediática para pressionar o Governo angolano a financiar o tal ensaio do VK-500, como já o fez no passado recente, sem sucesso.
Se Medegan Fagla e Luís Fernando têm tanta certeza que o VK-500 funciona perfeitamente, não terão, concerteza, grandes dificuldades em encontrar os necessários financiamentos comerciais para ultrapassarem esta última barreira de um projecto que já é comum.
"O resto será o resto"-como escreveu LF.