segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Uma Capital sem liberdade de imprensa?
O semanário "a Capital", dirigido pelo jornalista Tandala Francisco, não conheceu a liberdade das bancas este fim-de-semana, como era suposto acontecer.
Foi preso no exacto momento em que deveria começar a ser distribuído.
Esta versão foi-nos confirmada por um dos ardinas que deveria ter comprado o jornal na baixa luandense, onde habitualmente o faz.
Não houve, pois, censura.
Houve apreensão/confisco, o que também a lei não permite, a não ser que haja um mandato judicial para o efeito no âmbito, por exemplo, de uma providência cautelar.
O que ainda é mais estranho nesta movimentação é que os responsáveis do semanário têm recusado fazer qualquer comentário sobre as razões que terão levado "a Capital" a conhecer esta semana um destino tão cruel, chamado silêncio profundo das trevas.
Para quem ainda não sabe "a Capital" já não é mais do Tandala, do Américo, do Santos e do Lícinio, os seus fundadores, que até já foram retirados do genérico, o que não faz muito sentido. Os fundadores não deixam de o ser, a não ser que o jornal mudasse de designação e se passasse a chamar, por exemplo,"A Nova Capital", o que não é o caso.
O título foi recentemente comprado (ainda não se sabe por quanto?) por uma desconhecida empresa privada que inicialmente se chamava Media Investments para depois "mudar" o nome para MEDIVISION SA.
Neste momento até já nem é tão desconhecida quanto isso, sendo agora o seu rosto mais visível o da senhora Marcela da Costa, que surge no genérico do jornal como sendo a sua nova Directora Administrativa e Financeira.
Será a mesma?
Estamos a falar da artista plástica que tem o mesmo nome.
Provavelmente.