terça-feira, 14 de outubro de 2008

O Prémio Nacional de Jornalismo (também) precisa de ser "recauchutado"

E já que estou com a mão na massa, gostaria seguidamente de dar uma vista de olhos pelo Prémio Nacional de Jornalismo (PNJ), uma intenção que já andava a fervilhar neste “laboratório” há algum tempo. Não foi, certamente, a mais auspiciosa, a entrada em cena este ano do tão aguardado prémio. Só por pouco a “barraca” não foi maior no dia da distribuição dos “rebuçados”. Desde logo não colheu muito bem a entrega do Prémio de Rádio a Maria Luísa Fançony da LAC com base na excepção, segundo a qual "excepcionalmente o prémio pode ser outorgado a um jornalista, pelo conjunto de matérias divulgadas ao longo da carreira" (artigo 6º ponto 4). O Regulamento estipula que quando uma das distinções não pode ser atribuída, por eventual falta de qualidade das matérias submetidas a apreciação do Júri, deve a verba a ela destinada ser utilizada pelo Ministério da Comunicação Social (MCS) no fomento de cursos de formação profissional (artigo 17º). O que defendo é que o PNJ, financiado exclusivamente pelo OGE, tem verba mais do que suficiente para criar um galardão específico para premiar carreiras, o que quanto a mim deve ser feito com a necessária revisão do seu regulamento que não deve ficar apenas por esta questão. Uma revisão que deve ser mais abrangente e que eu considero urgente e necessária porque há de facto mais algumas debilidades no seu conteúdo que podem ser ultrapassadas, se houver a necessária abertura por parte do promotor que é o Governo, na pessoa do MCS. É por exemplo a separação das águas entre os géneros informativos e os analíticos que devem ter critérios de avaliação diferentes ou ainda um melhor enquadramento do montante destinado ao Prémio de Foto-Jornalismo, que considero excessivo quando comparado com as restantes categorias. (Texto em permanente actualização. Seguem-se outras considerações dentro de momentos)