O talentoso jovem foi traído pela sua modéstia. Os piratas agradeceram.
No passado domingo Matias Damásio poderia ter vendido nas nossas contas, à vontade, mais de 30 mil cópias do seu novo e fabuloso “Amor e festa na lixeira”, só ali no Cine Atlântico.
Só vendeu 10 mil porque não tinha mais, porque não quis arriscar na primeira edição, porque não acreditou no seu valor, na sua qualidade, na sua popularidade.
Falhou redondamente!
Agora não vai ser muito fácil recuperar, porque os piratas já entraram em acção num cenário que ele próprio ofereceu de bandeja aos seus desleais concorrentes. Verdadeiras piranhas.Matias Damásio é de facto a nova estrela da música angolana. Ele já dispensa o Top dos Mais Queridos, onde este ano ao lado de Yola Semedo foi (incompreensivelmente) um dos grandes ausentes das escolhas dos seus promotores.
No passado domingo no Atlântico ele provou que é muito mais querido do que todos os queridos, de todos os tops juntos.
O seu novo CD é muito bom. Tem tudo para dar certo, começando pelas pistas, com um tremendo “kwasa-kawsa”, o Mboa Gi, que não deve nada ao Kofi Olomidé. Aliás e como os gostos não se discutem, acho mesmo que é muito melhor do que muitos “kwasas” já editados pelos grandes monstros da música zairense.
A nossa música agradece-te o “favor” de seres angolano em full-time.
Matias, és o maior!