A pergunta justifica-se plenamente diante da envergadura da actual crise financeira internacional, a qual Angola dificilmente poderá escapar, porque o nosso dinheiro há muito que já deixou de se guardado em garrafões ou debaixo dos colchões.
Sabemos que grande parte do dinheiro público de Angola anda por aí a passear-se em operações de rentabilização que, certamente, não estão a ser feitas em Moscovo e muito menos em Ondjiva.
Sabemos que empresas públicas angolanas, com destaque para a Sonangol, estão a investir forte e feio, na compra de activos de congéneres portuguesas cotadas na bolsa lisboeta.
Sabemos que o BNA já investiu alguns largos milhões de dólares no Fundo Carlyle, por exemplo.
Antes de batermos palmas ou criticarmos quem quer que seja, é altura, face ao que de muito grave se está a passar pelo mundo da alta finança, de sabermos muito mais, de preferência tudo e mais alguma coisa, em relação as aplicações internacionais que estão a ser feitas com o dinheiro que é de todos nós.
Qual é a estratégia?
Quem controla quem?
Não é a primeira vez que formulamos estas e outras perguntas.
Lamentavelmente, o silêncio (que não pode ser de ouro) tem sido a resposta para as nossas anteriores preocupações.
Até quando?