terça-feira, 28 de julho de 2009
Em memória de Joaquim Pinto de Andrade
O Joaquim Pinto de Andrade (JPA) se estivesse vivo teria celebrado com a família e os amigos mais um aniversário natalício, o 83º, na passada quarta-feira, dia 22 de Julho.
Em vez disso, e na sua ausência, a família e os amigos rezaram-lhe uma missa, para terem a certeza de que não se esqueceram nem se querem esquecer dele.
O problema agora é saber o que fazer para preservar a memória do Joaquim, o que levanta de imediato várias questões em relação à escolha das melhores opções para a concretização deste desiderato.
Pelo que nos foi dado a saber, é exactamente isso que a família e os amigos mais chegados pretendem discutir nos próximos tempos para depois partirem para a acção, o que não é fácil, num país que tem tantas barreiras naturais e artificiais como o nosso, quando se trata de fazer coisas que não fazem parte de certas “prioridades”.
Uma fundação?
Um centro de estudos?
De facto há primeiro que reflectir para depois decidir.
Cá estaremos a aguardar, com a certeza de que o Joaquim é daquelas figuras da nossa história que deveria primeiro ser reconhecida pela República e depois colocada no seu panteão nacional. Isto sem falar do partido que ele presidiu, um partido muito estranho que continua até hoje sem saber como lidar, em definitivo, com as suas origens, com o seu passado.
À falta de um verdadeiro panteão nacional, sobra-nos o reconhecimento ou o... esquecimento.
O JPA merece o reconhecimento de todos pela contribuição que deu à libertação nacional e não só.
Não sabemos em que pé está o trabalho da Comissão que foi encarregue de fazer o levantamento das nossas figuras históricas.
Parece que a tal Comissão já tem alguns resultados.
Vamos estar atentos aos seus passos.
Neste dia em que nos recordamos de Joaquim Pinto de Andrade, o nosso pensamento, não sabemos bem porquê, mas foi até a referida Comissão tentar fazer uma visita. Chegamos tarde. Estava fechada.
Voltaremos, certamente, ao assunto do Joaquim e da Comissão das nossas figuras históricas.
1 comentários:
Calcinhas de Luanda disse...
Tive o prazer e a honra de o conhecer pessoalmente em 1992 em Luanda. Era uma pessoa de elevado nível cultural e cívico e já naquela altura era para mim uma prova de que o MPLA estava a perder as gentes capazes que tinham criado o partido.Como em Angola as fundações foram criadas para branquear reputações e mesmo a atribuição de nomes a Universidades deixa muito a desejar, julgo que um Centro de Estudos e Reflexão sobre o país talvez não fosse uma má ideia.
29 de Julho de 2009 1:17