Na última edição da revista "Economia & Mercado" referente ao mês de Setembro, escrevi sobre as avaliações a que a economia angolana foi sujeita pelo FMI e pela Assembleia Nacional.
A nível nacional e internacional, o desempenho da economia angolana foi submetido no mês de Agosto a duas importantes avaliações, com consequências positivas para o seu comportamento futuro, que continua a ter pela frente complexos desafios no âmbito da estabilização, crescimento e desenvolvimento sustentável.
A primeira foi feita pelo FMI em sede do Acordo de Stand By (SBA), tendo em vista o desbloqueamento de mais duas tranches do financiamento aprovado em Novembro do ano passado e a segunda decorreu no âmbito do debate parlamentar que aprovou, com uma substancial alteração, o OGE revisto para 2010.
Nas duas avaliações a gestão do Executivo do Presidente José Eduardo dos Santos passou com uma nota relativamente positiva, sem descurarmos o impacto das substanciais reticências manifestadas pela equipa do FMI em relação ao volume do trabalho de casa que ainda está por concluir e o voto contrário do maior partido da oposição, a UNITA, que, uma vez mais, criticou as prioridades “luandocêntricas” da governação angolana na alocação dos recursos públicos à escala nacional.
A este voto acresce-se o “chumbo” que a própria Assembleia Nacional aplicou aos montantes iniciais da proposta orçamental, que, caso fosse aprovada, teria como consequência um significativo aumento do défice fiscal. O Governo foi assim obrigado a corrigir as verbas definidas na óptica do compromisso, tendo o OGE revisto para 2010, sido aprovado já em situação de equilíbrio mais favorável às contas públicas, tendo em conta o funcionamento ideal do binómio receitas-despesas, evitando-se assim o recurso a mais endividamento para financiar o défice inicial projectado.
O resto pode ler se comprar a "E&M", o que desde já lhe agradecemos em nome da consolidação da imprensa como um poder realmente independente, ao serviço de toda a sociedade e não apenas de estratégias de grupos.
Não é só por estar lá, mas a "E&M", acreditem, está cada vez mais "bala".