sábado, 11 de dezembro de 2010

Defeito de fabrico? (Att ao debate)

Rui Carreira terá perdido uma oportunidade esta sexta-feira de explicar melhor à comunicação social o que se está a passar com as avarias dos B777, registadas ao nível dos reactores que são fornecidos pela General Electrics (GE).
De facto, faltaram elementos mais esclarecedores que podiam ter sido fornecidos, relacionados com avarias idênticas que se estão a registar com outros aparelhos de outras companhias e que apontam para a existência de eventuais defeitos de fabrico dos referidos motores.
Desde já queremos penitenciar-nos por algum exagero, que a partir deste morro tenhamos cometido na apreciação desta fase menos boa que a companhia das nossas "bandeiras" está a atravessar.
Iremos continuar a acompanhar este dossier com mais atenção e com um melhor cruzamento/confirmação de toda a informação disponível.
Keep in touch.
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Comentários
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António Costa disse... Problemas concretos.
A TAAG em 1 mês registou dois staal em motores de dois aviões Boeing 777 200 er de nova geração. Os motores são fabricados pela General Electric.
Depois do ultimo incidente, em Lisboa, no passado dia seis, numa inspecção ao seu terceiro avião, foram detectados problemas idênticos.
Em obediência ao MOV ( Manual de operações de voo) da companhia , a TAAG decidiu que o avião ficaria no chão até reparação da anomalia. Desta forma demonstrou ter procedimentos de elevado padrão de segurança.Este tipo de problemas ( explosão na câmara de combustão do motor) pode acontecer e não resulta da intervenção do operador.São normalmente resultantes de defeitos de fabrico. Há já a informação de que estão registados 13 900 incidentes iguais, em várias companhias, em motores GE, que equipam aquelas aeronaves.Dado o levado numero de casos, a General Electric está com dificuldade em dar resposta , tanto nas reparações como no fornecimento de motores novos. No mercado de aluguer, vive-se igual situação. É maior a procura que a oferta.Na TAAG esta situação sente-se particularmente, pois a sua frota de longo curso é diminuta. Vejam-se as rotas e contem-se os aviões ( 3 Boeing 777 200 er e um B 747 300, actualmente em manutenção). Fala-se que chegarão no próximo ano mais 2 aeronaves B777 300 er que darão outro fôlego.O recurso de momento é ao alugar aeronaves , acção pouco facilitada nesta época pois, os poucos aviões disponíveis , estão mobilizados para os voos extra e de baixo custo que se oferecem por altura do Natal.
É nestas alturas que, se calhar, não é despropostidado perguntar : Porque não unir a TAAG e SONAIR, esta ultima privada mas de capitais públicos?
A Sonangol não pode ser o grande accionista de um interesse do estado, garantindo-se assim um melhor aproveitamento de recursos,tecnológicos e humanos, colocados à disposição das duas empresas ?
Não teríamos assim uma companhia aérea nacional de bandeira mais forte e apetrechada ?
O que falta ? Vontade política ? Reconhecer o óbvio ?
Baia-Azul disse... Confesso que ate hoje tenho dificuldades em perceber a intervencao da SONANGOL, como uma crown corporation, nas areas de negocios de outras crown corporations (empresas do estado) na medida em que ela faz exactamente os mesmos negocios. E um caso sui generis um estado ter varias empresas que concorrem entre si. No caso de Angola e ainda mais intrigante na medida em que nao e preciso ser-se analista economico para perceber que estes interessses tentaculares da SONANGOL em negocios de outras empresas publicas pode desaguar nas famosas privatizacoes fora dos preceitos legais. So para dar outros exemplos: a SONANGOL e accionista numa empresa de seguro (AAA) quando o estado ja tem a ENSA. A SONANGOL e dona da SONAIR quando ja existe a TAAG, a SONANGOL faz investimentos no mercado de capitais e financeiro portugues quando era o instituto de gestao do patrimonio do estado a faze-lo, a SONANGOL herda os a gestao do gabinete de recosntrucao nacional quando ha um ministerio que poderia faze-lo. Enfim, e uma lista sem fim de intervencoes da SONANGOL em areas que deveriam pertencer a outras instituicoes do estado e ate mesmo a privados. O Antonio Costa tem razao quando questiona-se sobre se nao seria mais benefico e economicamente viavel juntar a SONAIR a TAAG. Afinal sao dois activos do estado. A SONANGOL nao e uma ilha em Angola. 11 de Dezembro de 2010 17:22
(Att aos novos comentários...)