segunda-feira, 28 de março de 2011

Discutir em profundidade o nosso Carnaval

É ponto assente que sempre houve pouca circulação de oxigénio entre a Direcção Provincial da Cultura/Aprocal e a Associação Cultural Chá de Caxinde/Unidos de Caxinde. Desentendimentos normais, até ver. O que já não me parece normal é que Manuel Sebastião (MS) tenha contra-atacado com um golpe demasiado baixo para a sua dimensão/responsabilidade institucional. MS tentou desvalorizar as razões apresentadas pelo Unidos ao referir que, no fundo, a sua decisão de abandonar a competição se tinha ficado a dever à modesta classificação obtida no desfile deste ano. Só faltou relacionar o Unidos com os "inimigos da paz" ou com o barco americano que esteve retido no Lobito. Pelo que julgo saber a decisão do Unidos de Caxinde (desistência da competição) foi tomada pela agremiação muito antes do último desfile ter tido ínicio. E já agora que estamos a navegar a baixa altitude, sabe-se que a "estratégia montada" era tudo fazer para conseguir a mais baixa pontuação possível do Unidos de modos a atirar o grupo do Jacques para a segundona, com a sua despromoção. Algo terá falhado, mas foi por muito pouco. Competir nestas condições, convenhamos, é muito "complicoso"... O Unidos já teve uma pior classificação do que esta última, no ano em que foi parar ao 9º lugar, e não desistiu da competição. Acho que se deveria aproveitar esta crise criada com a decisão do Unidos para se discutir em profundidade a organização/conteúdo do Carnaval, o que em meu entender terá de passar por uma grande varridela da casa... Com mais de 15 anos de serviço público, MS é, provavelmente, o dirigente cultural mais antigo que temos no país. É altura de se começar a pensar seriamente na renovação da casa. PS- Como ainda estamos em tempo de carnaval, espero que o MS não leve a mal este cartão, que por sinal ele bem merece. Fez tudo para o merecer.