(...)
A paz supõe o fim da indigência social, o fim do capitalismo selvagem que aumenta a distância entre ricos e pobres, o fim da repressão social, da violação dos direitos fundamentais das pessoas".
Quem não perceber esta mensagem, só pode estar com graves problemas auditivos, o que não é, certamente, o caso da maior parte dos angolanos, que têm outros conhecidos problemas de saúde pública, curiosamente todos eles resultantes da preocupante situação social em que se encontram.
Mas o problema não é só perceber.
O problema é agir em conformidade com este entendimento.
As últimas "movimentações tácticas" do Governo nesta "frente de guerra" chamada combate à probreza/miséria/exclusão social, tendo como alvo o municipio/comuna e na liderança a sua nova estrela da companhia, que é a Dra. Rosa Pacavira, apontam (ainda) muito tímidamente na direcção do referido entendimento.
A questão mais complexa desta abordagem está, entretanto, localizada à montante, ou seja, na gestão dos fundos públicos, na distribuição do rendimento nacional e na transparência dos actos de governação. É aqui que está a maka da persistência/aumento da pobreza e dos modestos resultados sociais das políticas públicas.
Enquanto não se conseguir parar com a sangria do tesouro nacional a favor dos "gasoseiros", de muito pouco ou quase nada adiantará a estratégia da municipalização, que não passará apenas de uma mera distribuição de migalhas aos lázaros deste país.
(https://docs.google.com/leaf?id=0B1AZw4SgfRYfYjYxYjQ1OWYtZjJjMi00ZTZlLWE1ZDktZDY0MTBhZDYwYzhm&hl=pt_PT&authkey=CI3dtL4I)