O jango da Chá de Caxinde acolheu esta terça-feira, por ocasião do Dia de África (25 de Maio) uma verdadeira maratona de música continental promovida pelo programa Raízes que o Ismael Mateus apresenta semanalmente na FM-Stéreo(RNA) há já alguns anos.
Com acesso a comes e bebes no local para todos quantos lá estiveram, que foram mais do que muitos, o programa foi feito ao vivo entre as 9 da manhã e as 1o da noite, a partir do acolhedor Jango, que tem sido testemunha nos últimos tempos das mais interessantes manifestações culturais, com destaque para as musicais, que se estão a produzir na nossa capital.
Ao vivo e a cores, Dodó Miranda e Gabriel Tchiema encerraram as "hostilidades" da maratona com dois shows da sua boa e já incontornável música.
Quando se estiver a falar do assunto entre nós, estamos a falar, naturalmente, de música a sério, não se esqueçam deles porque já não é mais possível.
Dodó Miranda preencheu a parte final da sua apresentação fazendo um dueto com o Manbike, um kota desconhecido do grande público, com quem cantou um tema "gospel", no que foi para nós o melhor momento da maratona africana promovida pelo Raízes.
Manbike mostrou-nos que sabe do assunto ao mais alto nível e que está aí para o que der e vier, dentro e fora das nossas fronteiras.
O consagrado Dodó Miranda (que ao vivo já "assustou" o Pascal Lokua Kanza no primeiro duelo que travaram no Karl Marx) continua a espera de gravar o seu disco, o que ainda não aconteceu por falta de recursos e de patrocinadores.
É verdade, pois foi exactamente isso o que ele nos disse esta terça-feira no Chá de Caxinde.
Nós gostamos de tudo quanto aconteceu e vamos ficar a espera do próximo show do Raízes fora dos estúdios da FM-Stéreo que estão em obras que nunca mais terminam, o que nos deixa preocupados quanto ao futuro das instalações daquela emissora que já foram objecto de alguns "planos" no anterior consulado da tutela, que felizmente não se vieram a concretizar.
Só esperamos agora é que não precisemos de esperar mais um ano para que tal aconteça.
Para além do Dia de África, há sempre um bom motivo para nos reunirmos em torno da música de um continente que começa e termina em Angola, com todas as voltas possíveis e recomendáveis pela rota que vai do Cairo ao Cabo.
Africa Oyé! Oyé! Oyé!