O escritor e Presidente da Associação Cultural Chá de Caxinde, Jacques dos Santos (JS) e o jornalista e Director-Geral do Jornal de Angola, José Ribeiro (JR), estão, como se costuma dizer, de candeias às avessas.
Tudo aconteceu na sequência de um incidente editorial que culminou com a condenação do segundo pelo Conselho Nacional de Comunicação Social (CNCS), por ter recusado ao primeiro o direito de rectificação, de acordo com o que está definido na lei.
Inconformado com tal negação, JS fez recurso à regulação para fazer valer o seu direito no que foi atendido.
Antes mesmo do processo ter sido avaliado pelo CNCS depois deste ter sido accionado pelo Presidente da Chá de Caxinde, José Ribeiro utilizou as colunas do seu jornal para acusar Jacques dos Santos de ter tentado tomar de assalto a linha editorial do matutino.
"Jacques dos Santos queria que o jornal obedecesse às suas ordens"-pode ler-se num pequeno editorial encapotado que JR publicou no matutino disfarçado de notícia a 4 de Abril último.
Nesta altura o "bilo" entre os dois prossegue bastante animado e com algumas perspectivas de se vir a tornar ainda mais renhido.
Não conformado com a decisão do CNCS e antes mesmo de executar o conteúdo da deliberação do Conselho que o obriga a publicar de forma coerciva a rectificação solicitada, José Ribeiro utilizou as colunas do matutino para voltar atacar Jacques dos Santos com mais um editorial, desta vez com o formato de um artigo de opinião a que o deu o "gorduroso" título de "Um naco difícil de engolir".
Tão "suculento" era o dito naco, que o mesmo acabou por salpicar-nos (sem JR mencionar o nosso nome) alguns pingos da sua nada recomendável "gordura", por serem manifestamente desonestos, numa verdadeira e inadmissível manobra de diversão.
Importa referir que JR já havia utilizado, dias antes, o mesmo procedimento para reagir contra uma anterior deliberação do CNCS que deu provimento a uma reclamação da UNITA que se queixou ao Conselho pelo facto do JA ter deliberadamente descaracterizado o conteúdo de um discurso de Isaías Samakuva.
Certamente com o "saco cheio", o Kota Jacques dos Santos resolveu nas últimas 24 horas vir a público com uma "Carta Aberta ao Director do Jornal de Angola", onde nos dá conta dos factos ocorridos no meio de alguns "mimos" endereçados ao nosso "Manribas".
O destinatário reagiu imediatamente com uma carta de resposta, restando saber agora qual será o tratamento editorial que o "nosso Pravda" irá conferir a uma tão empolgante troca de galhardetes que há muito não se via por estas bandas.
Para já, o "show" está a ter por palco a intenet, via email.