É a tal "mania" de ser apenas angolano (sem outros títulos) e de se pensar que já vivemos num país livre e democrático.
É com esta mesma "mania" que o morro volta ao vosso convívio, agradecendo uma vez mais todas as críticas mais ou menos elogiosas, mais ou menos furibundas, que nos foram endereçadas, por termos gozado umas férias longe da banda, o que raramente acontece.
Como já se previa, neste regresso não haverá outras consequências políticas mais drásticas, do tipo daquelas que estão a ter lugar no Ministério do Interior, onde o regresso de "D.Sebastião" já produziu uma verdadeira "limpeza étnica" nos quadros superiores do sector mais vigilante do país, embora os resultados de tal vigia continuem a deixar muito a desejar, com a criminalidade violenta sempre a subir e a do colarinho branco a rir-se na nossa cara, apesar de alguns pequenos dissabores que tem estado a conhecer nos últimos tempos, depois de uma tal de "tolerância zero" ter sido decretada pelo Presidente que acabou por se esquecer dela no Estado da Nação, que teve de facto algumas clamorosas omissões díficeis de deixar passar em branco.
A do colarinho branco que aqui se persegue é aquela que tem a ver, sobretudo, com o "garimpo" dos recursos públicos praticada aos mais diversos níveis (do topo a base) e com os mais distintos esquema pelos gestores políticos e administrativos do OGE, calculando-se que, como resultado de tal "drenagem", mais de metade dos recursos financeiros disponíveis acabe por ficar no bolsos de "muito boa gente".
Fazer face e combater este "garimpo", é um dos desafios mais complicados que o país continua a ter pela frente, pela simples razão que o mesmo acaba por ter uma cobertura muito complexa que tem a ver com a essência e não apenas com a ponta vísivel do enorme iceberg chamado Angola.