A sua detenção ocorreu no âmbito das investigações conduzidas pela PGR relacionadas com o roubo de milhões de dólares do erário público por uma rede que operava entre o Ministério das Finanças e o Banco Nacional de Angola, com a cumplicidade de empresas de fachada localizadas, nomeadamente, em Portugal, mas não só.
Este Triângulo das Bermudas passava pela emissão de facturas para o pagamento de supostas obras públicas feitas por supostos empreiteiros.
Os montantes eram depois transferidos para contas no exterior (off shore).
Deduzidas as "comissões" pelos destinatários, o remanescente (o grosso) era devolvido à procedência e encaminhado para as contas dos restantes parceiros da associação que operavam em “on shore”.
O "produto" cobrado eram, sobretudo, estradas reparadas e outras acções conexas, pelo que se admite que o “filho de papai” referenciado pelas nossas fontes seja uma pessoa que em Luanda esteja bem relacionado com o sector empresarial que actua nesta área.
Ao que nós chegamos...