A denominação escolhida terá a ver, em principio, com o facto de terem sido 26 os primeiros militantes do MPLA que se manifestaram secretamente (utilização do voto) contra a permanência do Presidente José Eduardo dos Santos à frente da liderança do MPLA.
Por razões ligadas à própria segurança individual de cada um dos seus integrantes (não vá o diabo tecê-las), o Grupo dos 26 deverá manter-se "clandestino" nos primeiros tempos da sua intervenção, que terá por base a distribuição de textos de reflexão sobre o futuro do MPLA, pois já não adianta falar muito do presente e muito menos do passado que é para esquecer.
Aliás, dizem-nos que no EME é tudo, ou quase tudo, para esquecer.
Especula-se que uma outra tendência de inspiração mais "canina", pode estar igualmente na forja, reunindo todos os militantes do MPLA que nos últimos tempos foram apeados dos postos que possuíam no parlamento e na direcção do partido.
A esta tendência poderão juntar-se também alguns militantes que não viram as suas expectativas concretizarem-se neste Congresso.
Fica por saber se Marcolino Moco também terá na forja a criação de alguma tendência, o que a concretizar-se seria de caracter mais sentimental, pois muito dificilmente este antigo no menino do Huambo seria autorizado a entrar no "Kremilim" para contactar futuros aderentes da sua causa ou fazer a distribuição de algum material informativo, do tipo panfletos.
É o MPLA a democratizar-se, depois do VIº Congresso que manteve tudo na mesma ao nível da sua cúpula, enquanto se aguarda pela nomeação do novo Secretariado do BP.