Foi, note-se, a primeira vez que intra-muros promovi uma tal experiência científica.
Em minha casa, refira-se, bebe-se normalmente água da EPAL fervida.
A grande sujidade residual que exibem é a prova acabada do árduo labor higiénico desenvolvido por estes dois pequenos grandes camaradas, até terem sido substituídos esta semana, porque já não aguentava mais vê-los tão borrados, tão pouco apresentáveis.
Era uma visão que, como devem imaginar, me estava a perturbar profundamente, isto é, ao nível já do estômago e dos intestinos.
O filtro do meio foi agora colocado no seu lugar.
Foi, recordo, com esta alvíssima aparência que os dois primeiros entraram de serviço, quando há pouco mais de três meses foram contratados por mim para estabelecerem uma não solicitada, e muito menos autorizada, parceria publico-privada com a EPAL.
Andará por aí alguém da empresa que nos possa ajudar a regularizarmos esta parceria?
Andará por aí alguém da EPAL que nos possa dizer algo mais sobre este nível de "lodo" que os nossos dois filtros (sedimentos e carbono) conseguiram reter ao longo do tempo já referido?
Pelo que sabemos, o único conselho mais ou menos oficial que circula em relação aos cuidados a observar com o consumo da nossa água canalizada, é que ela deve ser fervida.
Será suficiente?
Não creio.
Depois desta primeira experiência doméstica com os dois filtros tenho muitas dúvidas sobre a qualidade deste produto vital para a nossa sobrevivência mesmo depois de fervido.